sábado, 30 de outubro de 2010

Buckethead




Buckethead (cujo verdadeiro nome é Brian Patrick Carroll) é um enigmático músico que incorpora na sua música géneros como o Metal, o Funk, a electrónica, o Jazz, o Blues, o Country, o Rock e até música ambiente, tudo isto em modo Avant-Garde. Apesar de ser um multi-instrumentista, Buckethead é maioritariamente conhecido pela sua incrivel habilidade com a guitarra eléctrica. No entanto este domina ainda instrumentos como o baixo, a bateria, o orgão e os teclados.
Até hoje, Buckethead lançou 29 álbuns, quatro lançamentos especiais e um EP. As suas principais influências são Michael Jackson, Paul Gilbert, Yngwie Malmsteen, Randy Rhoads e Angus Young, entre outros. Porém, o guitarrista tem outras influências fora da música como os atletas LeBron James e Michael Jordan e ainda filmes e programas de ficção cientifica e horror.
Buckethead é, de facto, uma personagem com a sua história. Este foi criado por galinhas e tem como missão de vida "alertar para o holocausto de galinhas que está a ocorrer nas cadeias de fast-food em todo o mundo". Esta missão de vida justifica o facto de ele usar um balde da KFC (uma cadeia de fast-food) na cabeça com um autocolante a dizer "funeral". Mais recentemente, passou a usar apenas um balde inteiramente branco.

Buckethead (na altura conhecido pelo seu verdadeiro nome) começou a tocar guitarra com 12 anos, admitindo, no entanto, que só começou a levar esta actividade a sério um ano depois. Este contou com imensos professores, inclusivamente com Paul Gilbert, com o qual teve aulas durante alguns mêses. Não tardou muito para que Buckethead começasse a gravar cassetes-demo com composições próprias.
Em 1988, Buckethead deixou a banda Class-X, e participou num consurso da revista "Guitar Player" com uma canção original chamada "Brazos" tendo sido muito elogiado. No mesmo ano, este dirigiu-se com os pais à recepção da mesma revista, e deixou uma demo para Jas Obrecht, o editor. Este ouviu a demo e, impressionado, dirigiu-se a correr até ao restaurante onde Buckethead e os seus pais estavam a almoçar a fim de encorajar o guitarrista a aproveitar o seu talento ao máximo. Buckethead acabou por mudar-se para a cave de Obrecht.

Após as suas duas primeiras demos, Buckethead lançou o seu primeiro álbum em 1992, "Bucketheadland". No mesmo ano, cria com Bill Laswell, Bootsy Collins, Bernie Worrell e Bryan "Brain" Mantia o supergrupo Praxis, que lançou, no mesmo ano, um excelente álbum chamado "Transmutation (Mutatis Mutandis)", que foi bem recebido. Em 1994, Buckethead cria uma nova personagem chamada Death Cube K (um anagrama de Buckethead) e com esta personagem lança um álbum chamado "Dreamatorium". Por essa altura lança ainda um álbum chamado "Giant Robot" e, curiosamente, faz uma audição para entrar nos Red Hot Chili Peppers, não tendo, no entanto, atingido o seu objecto por não se enquadrar no estilo da banda (o mais curioso é que fez a audição sem conhecer qualquer canção dos Red Hot Chili Peppers).
Na segunda metade da década de 90, Buckethead lançou mais uma série de álbuns. Para além disso, chegou a fazer música para um anúncio da consola Sega Saturn, e começou a trabalhar, em 1997, num álbum até hoje nunca lançado, com o título "Buckethead Plays Disney". O álbum é tido como o objecto mais pessoal de Buckethead é não será lançado até este se sentir preparado. Ainda nesse ano, contribuiu para bandas-sonoras de filmes e lançou dois albuns ao vivo com os Praxis. Em 1998, lançou um excelente álbum chamado "Colma", dedicado à sua mãe que, na altura, estava doente devido a cancro do colo do útero. No ano seguinte, em 1999, lançou o álbum "Monsters and Robots", que é o seu álbum mais bem vendido até hoje.

Já no século XXI, Buckethead ganhou imensa fama quando, em 2000, se juntou aos Guns N' Roses. Ele participou na gravação e composição do álbum "Chinese Democracy", tendo, de facto, sido ele a compor as canções "Shekler's Revenge", "Sorry" e "Scraped", e ainda actuou com a banda em várias ocasiões, como por exemplo no Rock In Rio 3 e nos MTV's Video Music Awards. No então, ele saiu da banda em 2004, de acordo com o seu manager, devido à "incapacidade dos Guns' em acabar um álbum ou digressão". Após sair da banda, Buckethead ganhou um culto enorme na música underground. Curiosamente nessa altura, Ozzy Osbourne contactou Buckethead para que o guitarrista tocasse na sua banda no Ozzfest, mas tal não aconteceu porque Buckethead só podia fazê-lo sem a máscara, e este não aceitou esses termos.
Em 2005, Buckethead lança um excelente álbum de colaborações (Buckethead & Friends) chamado "Enter The Chicken", que conta com convidados como Serj Tankian, Efrem Schulz e Saul Williams, e contem excelentes canções como "We Are One", "Botnus" e Nottingham Lace".
O ano de 2006 foi especialmente produtivo para Buckethead! Nesse ano, o guitarrista lançou a canção "Jordan" para o vídeojogo Guitar Hero II (a versão do jogo é a única versão de estúdio conhecida da canção). Lançou também dois álbuns: "The Elephant Man's Alarm Clock" e o excelente "Crime Slunk Scene". Este último álbum contém, entre muitas outras grandes canções, "Soothsayer (Dedicated to Aunt Suzie)", basicamente uma "fan favourite" e uma das suas canções mais populares. Ainda no mesmo ano lançou os DVD's "Young Buckethead Vol. 1" e "Young Buckethead Vol. 2", que incluem vídeos raros de Buckethead em 1990 e 1991.
No ano de 2009, os destaques vão para um tributo que Buckethead fez a Michael Jackson com a canção "The Homing Beacon" e o lançamento da sua Gibson Les Paul Signature a 13 de Novembro (ver imagem abaixo).



No início deste ano, Buckethead fez uma pausa na sua carreira devido a um problema de saúde nunca revelado. No entanto, Buckeathead já lançou três álbuns este ano: "Shadows Between The Sky", "Spinal Clock" e "Captain Eo's Voyage". Aquilo que está para vir, só o futuro o dirá...


Para mim, Buckethead é um guitarrista que merece muito mais atenção do que aquela que recebe: é extremamente criativo (prova disso é o facto de lançar álbuns novos constantemente) e sabe aliar a técnica ao feeling como ninguém. Para além disso, compôs alguns dos instrumentais mais espectaculares que alguma vez ouvi.
Aconselho todos os leitores a ouvir as suas canções. E é por isso mesmo que vou colocar aqui uma lista de canções e álbuns que vos aconselho (farei isto em todos os artigos "O Guitarrista do Mês"):
Canções a ouvir: "Night Of The Slunk", "We Are One", "Nottingham Lace", "Big Sur Moon", "Soothsayer (Dedicated to Aunt Suzie)", "For Mom", "Final Wars", "Jordan", "The Ballad of Buckethead", "Seven Laws Of Woo" (com os Praxis), "Machete", "Population Override".
Álbuns a ouvir: "Colma", "Crime Slunk Scene", "Enter The Chicken", "Monsters & Robots", "Transmutation (Mutatis Mutandis)" (com os Praxis).



Por último, um vídeo de Buckethead quando tinha 20 anos:

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Jerry Cantrell - Anger Rising

Quase toda a gente que conhece o grande músico que Jerry Cantrell é conhece-o devido ao seu trabalho com os grandes Alice In Chains. Mas este teve mais aventuras musicais, que incluem uma carreira a solo. "Anger Rising" faz parte do álbum Degradation Trip que Cantrell lançou em 2002 em memória de Layne Staley e que, como podem ver no vídeo, conta com uma banda de apoio de luxo: Robert Trujillo no baixo (Metallica, Ozzy Osbourne, Suicidal Tendencies) e Mike Bordin na bateria (Faith No More, Ozzy Osbourne).
Aqui vai o vídeo oficial:

sábado, 23 de outubro de 2010

Trolololo(lol)?

O que é que acontece quando juntamos uma canção com letras "elaboradíssimas" e um homem com cara de pedófilo? É o trololololo:

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

União Europeia (retrato de família)



E assim está a União Europeia (um grande abraço e um igualmente grande obrigado ao meu primo Mauro Correia por me ter enviado esta imagem)

Iraq Insurgents/200º post

Este é um vídeo muito engraçado que tem como tema a discriminação e a falta de comunicação, retratadas de uma forma muito cómica (vá, quando mostrei o vídeo na aula de inglês, toda a gente curtiu).
Here it goes:






P.S: pois é, este é o 200º post deste blog. Que o ritmo continue!

domingo, 17 de outubro de 2010

Dream Theater - Wither

Uma das canções mais calmas que ouvi dos Dream Theater. Esta canção aborda um tópico muito interessante: o processo de criação de música.
O vídeo oficial:




E claro, a versão ao vivo:

Almost Famous

"Almost Famous" é um filme cuja aventura se passa no ano de 1973, quando muitas das maiores bandas de rock de sempre estavam no seu auge. Aqui conta-se a história de um jovem aspirante a jornalista de rock que recebe uma proposta para fazer uma história para a Rolling Stone, viajando em digressão com a banda Stillwater. Para quem gosta de Rock e cinema, aqui têm uma combinação estupenda!
Aqui vai o trailer:

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Led Zeppelin - Heartbreaker

Definitivamente uma das minhas favoritas dos Led Zeppelin, esta é, sem exageros, uma das canções mais importantes da história da guitarra eléctrica. Tem um riff brutal (um dos primeiros que aprendi a tocar na guitarra), mas o solo... o solo é qualquer coisa de maravilhoso! Toda a banda pára a certa altura para dar a Jimmy Page todo o brilho com um solo de guitarra que veio a ser a derradeira inspiração para Eddie Van Halen criar o Tapping a duas mãos (uma técnica de guitarra revolucionária). Steve Vai chamou a este solo o "solo de guitarra rock definitivo".
Aqui vai a versão ao vivo:





E claro, duas versões ao vivo:







Ah, é verdade, o tal Tapping de duas mãos? É isto:

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

"O guitarrista do mês"

Pois é, leitores, vai iniciar-se uma nova coluna mensal neste blog: "O guitarrista do mês". Basicamente, vou colocar, todos os mêses, uma imagem de um guitarrista na barra lateral direita deste blog, e farei um pequeno artigo sobre ele (ou ela) no final do mês.
O guitarrista sobre o qual eu falar não tem, necessariamente, de ter feito algo de novo recentemente, como um álbum novo ou alguma inovação musical (por exemplo, o Jack White fez recentemente um novo tipo de vinil, e o guitarrista deste mês não é ele). Serão, simplesmente, guitarristas que aprecio imenso e que são influências para mim.
Se por um lado vou começar com esta "actividade", por outro, as sondagens no blog passarão a ser muito raras, não só porque o meu tempo não é muito flexivel, como também devido ao facto de não encontrar temas muito interessantes ultimamente.
Por isso, se apreciam umas "guitarradas valentes", acho que vão gostar disto. Como guitarrista que sou, terei muito prazer em fazer esta rúbrica.

domingo, 3 de outubro de 2010

Extreme - Decadence Dance

Uma canção com uma pujança brutal, possivelmente aquela que tem o melhor trabalho de guitarra do Nuno Bettencourt no reportório dos Extreme!
Aqui vai o vídeo oficial:




E agora (suprise), um vídeo com o Nuno a explicar como se toca esta canção na guitarra eléctrica:

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Hoje é o dia mundial da música!!!






Factos da minha relação com a música:

- Ambos os lados da minha família (do meu pai e da minha mãe) têm antecedentes músicais. A minha avó materna (que faleceu mêses antes de eu nascer) era uma excelente cantora de fado, que recusou várias propostas para se juntar a grupos do género. O meu avô materno aprendeu a tocar harmónica de uma forma autodidata. Quanto ao lado do meu pai, o meu tio toca guitarra acústica e um primo do meu pai era baixista.
- Quando eu era muito novo era bastante hiperactivo e corria de um lado para o outro constantemente. Para me acalmarem, os meus pais colocavam cd's de música clássica na aparelhagem da sala de estar. Eu acalmava-me imediatamente.
- O primeiro concerto a que assisti (e de que curiosamente me recordo) foi do Rui Veloso, num concerto grátis ao ar livre no Porto. Pode-se dizer que ele se tornou na minha primeira grande inspiração músical.
- Com sete anos, deixei as entediantes aulas de karaté e fui para uma escola de música em Canelas (que encerrou seis anos depois), estudar piano e ter aulas de formação músical. Decidi fazê-lo após entregarem na sala de aula panfletos acerca da escola de música, o que me entusiasmou imenso. Fui para a escola de música juntamente com um amigo de longa data chamado André Meirinhos.
- Após seis anos a estudar piano clássico, a escola de música encerra. Como se isso não bastasse, o meu interesse no intrumento era quase nulo no último ano em que lá estive, pois entediava-me tocar apenas música clássica, e eu estava a ganhar muito peso e, possivelmente, a aproximar-me da obesidade. Isso fez com que desistisse do intrumento e passasse a praticar desporto (basquetebol e futebol), enquanto que a maior parte dos alunos e professores da escola de música de Canelas mudaram-se para a Academia de Música de Gulpilhares.
- Aos 14 anos, descubro uma banda chamada My Chemical Romance e, em efeito "bola de neve", começo a pesquizar e a descobrir bandas de Rock e Metal. Para além dos MCR, fiquei um grande fã de mais duas bandas: Metallica e Iron Maiden. Curiosamente, aquilo que mais me chamou à atenção era um instrumento que viria a fazer a minha vida dar uma volta de 180º graus: a guitarra.
- Visto que tinha desperdiçado uma enorme oportunidade com o piano e como achava que pedir aos meus pais para ter aulas de guitarra seria um desrespeito, começo a jogar Guitar Hero, sendo essa a única alternativa que tinha. Tive uma enorme e agradavel surpresa quando o meu pai, ao ver-me jogar, me perguntou "Não gostavas de tocar guitarra a sério?". Depois disso, não voltei a pegar a sério no jogo e comecei imediatamente a juntar dinheiro para comprar uma guitarra eléctrica e um amplificador. Perto do meu 16º aniversário (no Verão do ano passado), tive o que queria e o meu pai ainda me deu uma guitarra acústica.
- Nessa época, assisti ao meu primeiro grande concerto, isto no Optimus Alive. No cartaz desse dia constavam os Metallica, os Slipknot, os Machine Head, os Lamb Of God, os Mastodon e os Ramp. Só posso dizer que foi espectacular! Desde então, ainda assisti a concertos dos The Australian Pink Floyd Show, B. B. King e Slash.
- À um ano, comecei a ter aulas de guitarra eléctrica. E à um ano sei que estou a fazer aquilo de que realmente gosto.
- Em Dezembro, juntei-me a uma banda como vocalista mas o resultado foi absolutamente nulo. Eu e um primo meu acabamos expulsos em Janeiro por motivos maioritariamente idiotas e sem sentido. De seguida, esse meu primo, Paulo Costa, quis formar uma banda, tendo eu acabado por aceder em fazê-lo com ele. Este chamou um amigo que na época eu desconhecia chamado Gonçalo Gil, e começamos a compôr material imediatamente. Este Verão, o Paulo saiu da banda/projecto para dedicar o tempo livre a outras actividades. Eu e o Gonçalo falamos em formar um "Power Trio", mas a ideia só foi discutida ocasionalmente.
- Em Abril, compus e gravei em estúdio uma canção original, com o objectivo de ser interpretada pela turma numa conferência que organizamos acerca da igualdade entre sexos. Fizemos isso mesmo e ainda interpretei a canção uma vez mais, ainda que noutra ocasião, ao vivo e a solo no Colégio Internato dos Carvalhos. Tenho imenso material composto em casa, em segredo, e desejo fazer muita música com ele.
- Em Maio, compus uma canção "Untitled" com um amigo, Levi Silva, com o objectivo de abrir o espectáculo anual do colégio, o "I Have a Dream". No público estavam, pelo menos, mil pessoas.
- Este Verão, iniciei um projecto com um amigo, o Daniel Pereira, e no primeiro dia quase concluimos a nossa primeira canção. Como a ideia do "Power Trio" com o meu amigo Gonçalo Gil (baixista) não se materializava, chamei-o para se juntar a mim e ao Daniel. Ele acedeu e nas poucas vezes que estivemos juntos (juntamo-nos em Agosto) compomos muito material mesmo, e que eu considero muito bom. Estamos agora à procura de um baterista e de um vocalista para completarmos a formação.


Se eu podia viver sem a música? Não, definitivamente NÃO! Quero e vou fazer desta arte a minha vida. Por isso trabalho constantemente para esse objectivo. E sei que um dia vou chegar lá!
PORQUE A MÚSICA É A MINHA VIDA!