segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Idolo do ano: John Frusciante




John Frusciante, o ex-guitarrista dos Red Hot Chili Peppers, é o meu ídolo do ano. Porquê? Por vários motivos: John é um verdadeiro visionário da guitarra, pretende fazer tudo o que seja possível com uma guitarra nas mãos. Não precisa de virtuosismos para isso, sabendo tratar a guitarra com um feeling impressionante. O seu trabalho musical não tem como objectivo mostrar capacidades na guitarra, mas sim transmitir algo aos ouvintes, e a sua devoção à música e à arte em geral são assinaláveis: trata-se de uma paixão genuína pelo assunto.
A sua história de vida é, também, assinalável: passou por um período de dependência de heroína letal, tendo quase morrendo à custa deste problema. Porem, John ergueu-se das cinzas e, com muito esforço, trabalho e dedicação, recuperou da sua profunda dependência, tornando-se totalmente limpo e dando à sua vida uma volta de 180 graus.
É por isto que eu vejo este senhor como um exemplo a seguir (à excepção da sua antiga dependência, claro). Foi, sem dúvida, quem mais me marcou no ano de 2010.

Dois vídeos com multiplos solos do guitarrista ao vivo:






Um solo espectacular numa entrevista:




E um pequeno número a solo:

Guitar Battle: Conan O' Brien VS. Jack Black

A sério pessoal!
Vejam:




Então... quem é o vencedor para vocês?

domingo, 26 de dezembro de 2010

B.B. King + John Mayer = Avalanche de blues!

B.B. King: O Rei do Blues! Está tudo dito.
John Mayer: No mínimo, uma grande promessa do blues!
Se, por um lado, B.B. King passou a sua carreira a tocar Blues, Mayer é principalmente conhecido pelas suas canções calmas e comerciais. O que poucos sabem é que a grande paixão de Mayer é o Blues, sendo Stevie Ray Vaughan o seu grande ídolo.
Mas esta jam dividida em duas partes que podem ver a seguir... bem, é um mimo!
Aqui vai:



Harry Potter e as Reliquias da Morte Parte 1

Só porque vou ver este filme dentro de algumas horas... as minhas expetativas são altas!
O trailer:

O Lobisomem

Querem apanhar uns sustos? Têm interesses por figuras mitológicas e lendárias? Então acho que "O Lobisomem" é o filme indicado para vocês. Vi-o ontem à noite, a valeu a pena. Muito bom!
O trailer:

Não há familia pior

Uma óptima comédia familiar. O enredo é simples, mas as piadas são muito boas e momentos hilariantes não faltam neste filme. Aconselho a todos aqueles que queiram dar umas boas gargalhadas:

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Bruno Costa - Solo improvisado

Improvisei um solo esta tarde. Este foi o resultado:

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Bruno Costa - Voodoo (original instrumental)

Ai está o meu novo instrumental! Gravado num único take, e com solos improvisados, foi gravado à coisa de um mês no pc de um amigo. Aqui vai:

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Ozzy Osbourne - Let Me Hear You Scream

O Principe das Trevas lançou um álbum novo este ano, "Scream". A formação da banda foi renovada. Gostaria de dar um especial destaque ao novo guitarrista, Gus G., que substituiu Zakk Wylde na banda de Ozzy (tarefa complicada, como devem imaginar). Para além de tocar na banda de Ozzy, tem também a sua banda (de Power Metal): os Firewind!
O vídeo oficial:





E claro, uma versão ao vivo:

Imparavel

"Imparavel" uma filme baseado numa história verídica. Um perigoso comboio que, na sua carga, contém materiais tóxicos que podem levar a uma catástrofe ambiental, está a andar sozinho, sem ninguem a guiar e em piloto automático. Fui ver este filme com amigos e devo dizer que gostei bastante.
O trailer:

sábado, 11 de dezembro de 2010

Jeff Beck - Scatterbrain

Se existe um álbum pelo qual me apaixonei nos últimos dois mêses foi, sem dúdiva, "Blow By Blow" do grande Jeff Beck. Trata-se de um álbum puramente instrumental que combina na perfeição Rock, Jazz-Fusion e Funk. "Scatterbrain" é nada mais nada menos que uma das melhores faixas do álbum. Soberbo!


A versão de estúdio:





E versões ao vivo:



quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

R.I.P. John Lennon e Dimebag Darrell









Duas grandes figuras da música morreram neste dia: John Lennon, irreverente figura de proa dos Beatles e activista pela paz mundial (morreu à 30 anos); e Dimebag Darrell, incontornavel guitarrista dos Pantera que influenciou uma multidão de guitarristas de Metal (morreu à 6 anos). Em termos músicais, não têm nada que ver um com o outro. Mas para além de partilharem o dia das suas mortes, partilham a forma como morreram: assassinados a tiro por um fã. Enquanto que John Lennon foi assassinado na rua, Dimebag foi morto em pleno concerto!
Como forma de tributo deixo aqui uma canção de cada músico.



"Imagine", de John Lennon:





E "Cowboys From Hell", dos Pantera, banda de Dimebag:

sábado, 4 de dezembro de 2010

Pink Floyd - Echoes

É do conhecimento geral que os Pink Floyd são uma das bandas mais criativas de sempre. É impossivel duvidar disso. Mas esta "Echoes" é uma autêntica obra-prima, dividida em várias secções e com um psicadelismo a abordar ambientes calmos, um rock mais pesado e até mesmo funk! Esta versão presente no "Live At Pompeii", dividida em duas partes, é pura magia.
Aqui vai:




terça-feira, 30 de novembro de 2010

Joe Satriani




Joe Satriani é um multi-instrumentista italo-americano, principalmente conhecido pelo seu virtuosismo na guitarra eléctrica no estilo do Rock instrumental. Este também toca outros diversos instrumentos tais como o baixo, teclados, harmónica, banjo e harpa. A sua música maioritariamente instrumental incorpora estilos como o Hard Rock, o Heavy Metal e até mesmo música electrónica.
Apesar de ser principalmente conhecido pela sua carreira a solo, Satriani já esteve em grupos como os Deep Purple, em 1993, e faz actualmente parte de um supergrupo chamado Chickenfoot. Para alem disso, fundou também a G3, que consiste numa digressão de três guitarristas para darem espectáculos de Rock instrumental. Pela G3 já passaram guitarristas como Steve Vai, Eric Johnson, Yngwie Malmsteen, John Petrucci, Kenny Wayne Shepherd, Uli Jon Roth e Paul Gilbert. Satriani tem sido o único membro constante no grupo.

Satriani começou a tocar guitarra aos 14 anos após tomar conhecimento da morte de Jimi Hendrix. Os seus estudos da guitarra, principalmente dentro do estilo Jazz, levaram a uma rápida evolução nas suas capacidades e não tardou muito para que começasse ele próprio a dar aulas. O seu aluno mais notavel na época foi Steve Vai. Aos 22 anos, mudou-se para Berkeley, na California, para dar aulas. Entre os seus alunos encontravam-se Steve Vai (uma vez mais), Kirk Hammett, dos Metallica, Kevin Cadogan, dos Third Eye Blind e Larry LaLonde, dos Primus, entre muitos outros.

O seu ex-aluno Steve Vai acabou por ganhar fama ao trabalhar com Frank Zappa, David Lee Roth e os Whitesnake, entre outros, e em várias entrevistas mencionou o seu ex-professor Joe Satriani. Isto consistiu nos primeiros passos para a fama de Satriani, que em 1986 lançou o seu primeiro álbum, "Not Of This Earth". Mas não ia ser por ser mencionado por um antigo aluno que Satch (alcunha do guitarrista) se ia tornar famoso, e isso viu-se graças ao seu segundo álbum, lançado em 1987, "Surfing With The Alien". O álbum foi um enorme sucesso, produzindo vários exitos de rádio e sendo o primeiro álbum instrumental a atingir tanto sucesso nas tabelas em muitos anos. Ainda antes do final da década de 80, em 1989, Satriani lança um novo álbum, "Flying In a Blue Dream".

Em 1992, Satriani lança o seu mais vendido a aclamado álbum, "The Extremist". Uma vez mais, a rádio fartou-se de passar temas deste álbum e "Summer Song", por exemplo, chegou a ser usada para um anúncio da Sony. Em finais de 1993, Satriani entra para os Deep Purple como substituto temporário de Ritchie Blackmore para uma digressão japonesa. Os concertos foram um sucesso e Satriani foi convidado a juntar-se à banda permanentemente, mas recusou, entrando para o seu lugar Steve Morse, que permanece, hoje, nos Deep Puple.
Em 1996 dá-se, então, início à G3. A formação original contava com Joe Satriani, Steve Vai e Eric Johnson.

Satriani continuou a lançar uma série de álbuns a solo ao longo dos anos, como Crystal Planet, Is There Love In Space? e Professor Satchafunkilus And The Musterion Of Rock.
Mas, no final desta década, Satriani esteve especialmente activo. Em 2008 formou-se o supergrupo Chickenfoot (Joe Satriani na guitarra, Sammy Hagar na voz, Michael Anthony no baixo e Chad Smith na bateria). O seu primeiro e por enquanto único álbum (curiosamente auto-intitulado) foi lançado a 5 de Junho de 2009. A banda está, actualmente, a gravar o segundo álbum.
Em Março deste ano, Satriani participou na Experience Hendrix Tribute Tour, uma digressão de tributo a Jimi Hendrix.
A 5 de Outubro, Satriani lançou um novo álbum, Black Swans and Wormhole Wizards. O guitarrista encontra-se actualmente em digressão, tendo passado por Portugal nos dias 21 e 22 (Porto e Lisboa, respectivamente) deste mês.



Satriani é um dos guitarristas mais criativos que existem desde finais da década de 80. Não há técnica que Joe Satriani não domine, e chegou mesmo a inventar algumas. O seu perfeccionismo nota-se nas suas canções e actuações ao vivo: não existem falhas.

Canções a ouvir: "Hordes of Locusts", "Surfing with the Alien", "Always with Me, Always with You", "Satch Boogie", "The Crush of Love", "Flying in a Blue Dream", "The Mystical Potato Head Groove Thing", "Big Bad Moon", "The Extremist", "Summer Song", "Starry Night", "I Just Wanna Rock", "Pyrrhic Victoria", "Light Years Away".
Álbuns a ouvir: Not of This Earth, Surfing with the Alien, Flying in a Blue Dream, The Extremist, Professor Satchafunkilus and the Musterion of Rock, Black Swans and Wormhole Wizards



Por último, um grande solo de Satch:

sábado, 27 de novembro de 2010

Este constante trabalho e o que está para vir...

Como podem verificar, não tenho escrito muito neste blog este mês. Tal acontece por uma questão de prioridades...
Calma, não estou a dizer que não quero saber deste blog. Muito pelo contrário! Adoro este blog, e gosto muito de escrever nele, publicar vídeos, partilhar músicas originais convosco como fiz muito recentemente, entre outros, mas os testes e trabalhos da escola, uma vez mais (!), estão a tirar-me muito tempo. É por isso que têm havido pausas de cinco e seis dias entre públicações.
Suspeito que, infelizmente, o ritmo de públicações continue assim pelo menos até meados de Dezembro. Pelos vistos o que tem de ser tem mesmo muita força. Já ouvi pessoas a dizerem-me que o tempo dá para tudo. Facto: não, o tempo não dá para tudo!
Mas há boas notícias! Fui ao concerto do Joe Satriani no Porto (com abertura dos Ned Evett & Triple Double) e pretendo fazer um artigo acerca do assunto. Mas tal só deve acontecer no próximo mês. Em relação à rubrica "O guitarrista do mês", essa vai ser uma prioridade no blog, e vou fazer tudo para que esta seja publicada ainda neste mês! Para além disso, gravei um novo instrumental em guitarra eléctrica ao qual chamei "Voodoo". É bastante mais curto do que o "High Ecstasy" e foi gravado num único take! Partilharei este instrumental assim que puder, mas tenho de criar um vídeo para ele e preciso de tempo para o fazer!
E com esta mensagem já perdi algum tempo, mas, pelo menos, sinto que este foi bem empregue. Obrigado a todos pela compreenção e atenção e um abraço a todos!

domingo, 21 de novembro de 2010

Bruno Costa - High Ecstasy (instrumental original)

High Ecstasy" é um instrumental em guitarra eléctrica que escrevi e gravei em cerca de uma hora no dia 24 de Outubro deste ano. A ideia surgiu-me de repende, enquanto improvisava riffs para criar música original com um amigo. Ele não gostou muito, mas ajudou-me a gravar o instrumental. Digamos que estava extremamente inspirado: A maior parte da canção (os dois solos incluidos) foi completamente improvisada! O título do instrumental deve-se ao facto de me ter sentido extremamente contente e realizado após o ter gravado.
Todas as partes de guitarra são tocadas por mim, mas contei com a ajuda de um amigo, Levi Silva, que coordenou o processo de gravação, e agradeço-lhe imenso por isso. Ah, e por me ter permitido gravar no pc dele também!
Aqui vai o instrumental:





Ouçam e comentem. Espero que gostem.
ROCK ON!!!

Bruno Costa - United We Stand (canção original)

"United We Stand" foi uma canção que escrevi em Abril deste ano. A turma da escola ia organizar uma conferência acerca da igualdade entre sexos, e surgiu a ideia de eu escrever uma canção que se relacionasse com o tema. E assim o fiz, mas a canção não se refere apenas à igualdade entre sexos: refere-se à igualdade entre todos os seres humanos, à união, à política, à construcção de um mundo melhor, à justiça, à solidariedade...
As letras foram maioritariamente escritas por mim, mas contaram com a participação de uma amiga (Sara Rocha). Também houveram mais participações de amigos na gravação (ver os créditos no final do vídeo) e do professor Norberto Faria na produção. Na canção, faço a voz principal e toco guitarra solo.
Aqui vai a canção:





Ouçam a canção e comentem. Obrigado a todos e lembrem-se: "United we stand, divided we fall".

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Brevemente: CANÇÕES ORIGINAIS!!!

Tenho duas canções originais gravadas e com vídeo feito (basicamente, uma série de imagens relacionadas com as canções). Quero dá-las a conhecer neste blog mas só as publicarei no dia 21 deste mês (domingo), para se prepararem para as receber. Não quero publicá-las já porque seria provavel que passassem despercebidas...
Por isso, esperem apenas uns dias, até este domingo, para ouvirem as duas canções originais.

Cumprimentos a todos os leitores.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Eric Johnson - Cliffs Of Dover

Para mim, Eric Johnson nunca recebeu o reconhecimento merecido. "Cliffs Of Dover" é apenas o seu instrumental mais emblemático, bem como um dos maiores solos de sempre...
Aqui vai a versão de estúdio:




E, claro, algumas excelentes versões ao vivo:





domingo, 7 de novembro de 2010

Racer X - Technical Difficulties

Os Racer X foram uma das bandas em que Paul Gilbert esteve envolvido desde o início. Esta faixa completamente instrumental, na verdade, já tinha sido parcialmente feita por Paul Gilbert mas foi completada com os Racer X.
Primeiro, a versão inicial de Paul Gilbert, chamada "Metal Dog":




E agora, dois vídeos da versão completa (a primeira é Paul Gilbert em estúdio e a segunda é ao vivo):



sábado, 6 de novembro de 2010

Sexo com explicação gráfica

Se estão à vontade com estes temas e querem dar umas boas gargalhadas, então vejam mesmo este vídeo:

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Steve Vai - The Audience Is Listening

Uma canção de pura rebeldia muito cómica. No vídeo oficial, o rapaz que dá um autêntico espectáculo de guitarra representa Steve Vai, um enorme virtuoso da guitarra, capaz de combinar técnica e feeling como poucos (já para não mencionar os seus vastos conhecimentos teóricos sobre música que, pelo menos parcialmente, se devem ao facto de ter estudado no Berklee College of Music). Esta canção faz parte do seu melhor álbum, "Passion And Warfare"
Aqui vai o vídeo oficial:




E, claro, duas versões ao vivo:



sábado, 30 de outubro de 2010

Buckethead




Buckethead (cujo verdadeiro nome é Brian Patrick Carroll) é um enigmático músico que incorpora na sua música géneros como o Metal, o Funk, a electrónica, o Jazz, o Blues, o Country, o Rock e até música ambiente, tudo isto em modo Avant-Garde. Apesar de ser um multi-instrumentista, Buckethead é maioritariamente conhecido pela sua incrivel habilidade com a guitarra eléctrica. No entanto este domina ainda instrumentos como o baixo, a bateria, o orgão e os teclados.
Até hoje, Buckethead lançou 29 álbuns, quatro lançamentos especiais e um EP. As suas principais influências são Michael Jackson, Paul Gilbert, Yngwie Malmsteen, Randy Rhoads e Angus Young, entre outros. Porém, o guitarrista tem outras influências fora da música como os atletas LeBron James e Michael Jordan e ainda filmes e programas de ficção cientifica e horror.
Buckethead é, de facto, uma personagem com a sua história. Este foi criado por galinhas e tem como missão de vida "alertar para o holocausto de galinhas que está a ocorrer nas cadeias de fast-food em todo o mundo". Esta missão de vida justifica o facto de ele usar um balde da KFC (uma cadeia de fast-food) na cabeça com um autocolante a dizer "funeral". Mais recentemente, passou a usar apenas um balde inteiramente branco.

Buckethead (na altura conhecido pelo seu verdadeiro nome) começou a tocar guitarra com 12 anos, admitindo, no entanto, que só começou a levar esta actividade a sério um ano depois. Este contou com imensos professores, inclusivamente com Paul Gilbert, com o qual teve aulas durante alguns mêses. Não tardou muito para que Buckethead começasse a gravar cassetes-demo com composições próprias.
Em 1988, Buckethead deixou a banda Class-X, e participou num consurso da revista "Guitar Player" com uma canção original chamada "Brazos" tendo sido muito elogiado. No mesmo ano, este dirigiu-se com os pais à recepção da mesma revista, e deixou uma demo para Jas Obrecht, o editor. Este ouviu a demo e, impressionado, dirigiu-se a correr até ao restaurante onde Buckethead e os seus pais estavam a almoçar a fim de encorajar o guitarrista a aproveitar o seu talento ao máximo. Buckethead acabou por mudar-se para a cave de Obrecht.

Após as suas duas primeiras demos, Buckethead lançou o seu primeiro álbum em 1992, "Bucketheadland". No mesmo ano, cria com Bill Laswell, Bootsy Collins, Bernie Worrell e Bryan "Brain" Mantia o supergrupo Praxis, que lançou, no mesmo ano, um excelente álbum chamado "Transmutation (Mutatis Mutandis)", que foi bem recebido. Em 1994, Buckethead cria uma nova personagem chamada Death Cube K (um anagrama de Buckethead) e com esta personagem lança um álbum chamado "Dreamatorium". Por essa altura lança ainda um álbum chamado "Giant Robot" e, curiosamente, faz uma audição para entrar nos Red Hot Chili Peppers, não tendo, no entanto, atingido o seu objecto por não se enquadrar no estilo da banda (o mais curioso é que fez a audição sem conhecer qualquer canção dos Red Hot Chili Peppers).
Na segunda metade da década de 90, Buckethead lançou mais uma série de álbuns. Para além disso, chegou a fazer música para um anúncio da consola Sega Saturn, e começou a trabalhar, em 1997, num álbum até hoje nunca lançado, com o título "Buckethead Plays Disney". O álbum é tido como o objecto mais pessoal de Buckethead é não será lançado até este se sentir preparado. Ainda nesse ano, contribuiu para bandas-sonoras de filmes e lançou dois albuns ao vivo com os Praxis. Em 1998, lançou um excelente álbum chamado "Colma", dedicado à sua mãe que, na altura, estava doente devido a cancro do colo do útero. No ano seguinte, em 1999, lançou o álbum "Monsters and Robots", que é o seu álbum mais bem vendido até hoje.

Já no século XXI, Buckethead ganhou imensa fama quando, em 2000, se juntou aos Guns N' Roses. Ele participou na gravação e composição do álbum "Chinese Democracy", tendo, de facto, sido ele a compor as canções "Shekler's Revenge", "Sorry" e "Scraped", e ainda actuou com a banda em várias ocasiões, como por exemplo no Rock In Rio 3 e nos MTV's Video Music Awards. No então, ele saiu da banda em 2004, de acordo com o seu manager, devido à "incapacidade dos Guns' em acabar um álbum ou digressão". Após sair da banda, Buckethead ganhou um culto enorme na música underground. Curiosamente nessa altura, Ozzy Osbourne contactou Buckethead para que o guitarrista tocasse na sua banda no Ozzfest, mas tal não aconteceu porque Buckethead só podia fazê-lo sem a máscara, e este não aceitou esses termos.
Em 2005, Buckethead lança um excelente álbum de colaborações (Buckethead & Friends) chamado "Enter The Chicken", que conta com convidados como Serj Tankian, Efrem Schulz e Saul Williams, e contem excelentes canções como "We Are One", "Botnus" e Nottingham Lace".
O ano de 2006 foi especialmente produtivo para Buckethead! Nesse ano, o guitarrista lançou a canção "Jordan" para o vídeojogo Guitar Hero II (a versão do jogo é a única versão de estúdio conhecida da canção). Lançou também dois álbuns: "The Elephant Man's Alarm Clock" e o excelente "Crime Slunk Scene". Este último álbum contém, entre muitas outras grandes canções, "Soothsayer (Dedicated to Aunt Suzie)", basicamente uma "fan favourite" e uma das suas canções mais populares. Ainda no mesmo ano lançou os DVD's "Young Buckethead Vol. 1" e "Young Buckethead Vol. 2", que incluem vídeos raros de Buckethead em 1990 e 1991.
No ano de 2009, os destaques vão para um tributo que Buckethead fez a Michael Jackson com a canção "The Homing Beacon" e o lançamento da sua Gibson Les Paul Signature a 13 de Novembro (ver imagem abaixo).



No início deste ano, Buckethead fez uma pausa na sua carreira devido a um problema de saúde nunca revelado. No entanto, Buckeathead já lançou três álbuns este ano: "Shadows Between The Sky", "Spinal Clock" e "Captain Eo's Voyage". Aquilo que está para vir, só o futuro o dirá...


Para mim, Buckethead é um guitarrista que merece muito mais atenção do que aquela que recebe: é extremamente criativo (prova disso é o facto de lançar álbuns novos constantemente) e sabe aliar a técnica ao feeling como ninguém. Para além disso, compôs alguns dos instrumentais mais espectaculares que alguma vez ouvi.
Aconselho todos os leitores a ouvir as suas canções. E é por isso mesmo que vou colocar aqui uma lista de canções e álbuns que vos aconselho (farei isto em todos os artigos "O Guitarrista do Mês"):
Canções a ouvir: "Night Of The Slunk", "We Are One", "Nottingham Lace", "Big Sur Moon", "Soothsayer (Dedicated to Aunt Suzie)", "For Mom", "Final Wars", "Jordan", "The Ballad of Buckethead", "Seven Laws Of Woo" (com os Praxis), "Machete", "Population Override".
Álbuns a ouvir: "Colma", "Crime Slunk Scene", "Enter The Chicken", "Monsters & Robots", "Transmutation (Mutatis Mutandis)" (com os Praxis).



Por último, um vídeo de Buckethead quando tinha 20 anos:

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Jerry Cantrell - Anger Rising

Quase toda a gente que conhece o grande músico que Jerry Cantrell é conhece-o devido ao seu trabalho com os grandes Alice In Chains. Mas este teve mais aventuras musicais, que incluem uma carreira a solo. "Anger Rising" faz parte do álbum Degradation Trip que Cantrell lançou em 2002 em memória de Layne Staley e que, como podem ver no vídeo, conta com uma banda de apoio de luxo: Robert Trujillo no baixo (Metallica, Ozzy Osbourne, Suicidal Tendencies) e Mike Bordin na bateria (Faith No More, Ozzy Osbourne).
Aqui vai o vídeo oficial:

sábado, 23 de outubro de 2010

Trolololo(lol)?

O que é que acontece quando juntamos uma canção com letras "elaboradíssimas" e um homem com cara de pedófilo? É o trololololo:

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

União Europeia (retrato de família)



E assim está a União Europeia (um grande abraço e um igualmente grande obrigado ao meu primo Mauro Correia por me ter enviado esta imagem)

Iraq Insurgents/200º post

Este é um vídeo muito engraçado que tem como tema a discriminação e a falta de comunicação, retratadas de uma forma muito cómica (vá, quando mostrei o vídeo na aula de inglês, toda a gente curtiu).
Here it goes:






P.S: pois é, este é o 200º post deste blog. Que o ritmo continue!

domingo, 17 de outubro de 2010

Dream Theater - Wither

Uma das canções mais calmas que ouvi dos Dream Theater. Esta canção aborda um tópico muito interessante: o processo de criação de música.
O vídeo oficial:




E claro, a versão ao vivo:

Almost Famous

"Almost Famous" é um filme cuja aventura se passa no ano de 1973, quando muitas das maiores bandas de rock de sempre estavam no seu auge. Aqui conta-se a história de um jovem aspirante a jornalista de rock que recebe uma proposta para fazer uma história para a Rolling Stone, viajando em digressão com a banda Stillwater. Para quem gosta de Rock e cinema, aqui têm uma combinação estupenda!
Aqui vai o trailer:

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Led Zeppelin - Heartbreaker

Definitivamente uma das minhas favoritas dos Led Zeppelin, esta é, sem exageros, uma das canções mais importantes da história da guitarra eléctrica. Tem um riff brutal (um dos primeiros que aprendi a tocar na guitarra), mas o solo... o solo é qualquer coisa de maravilhoso! Toda a banda pára a certa altura para dar a Jimmy Page todo o brilho com um solo de guitarra que veio a ser a derradeira inspiração para Eddie Van Halen criar o Tapping a duas mãos (uma técnica de guitarra revolucionária). Steve Vai chamou a este solo o "solo de guitarra rock definitivo".
Aqui vai a versão ao vivo:





E claro, duas versões ao vivo:







Ah, é verdade, o tal Tapping de duas mãos? É isto:

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

"O guitarrista do mês"

Pois é, leitores, vai iniciar-se uma nova coluna mensal neste blog: "O guitarrista do mês". Basicamente, vou colocar, todos os mêses, uma imagem de um guitarrista na barra lateral direita deste blog, e farei um pequeno artigo sobre ele (ou ela) no final do mês.
O guitarrista sobre o qual eu falar não tem, necessariamente, de ter feito algo de novo recentemente, como um álbum novo ou alguma inovação musical (por exemplo, o Jack White fez recentemente um novo tipo de vinil, e o guitarrista deste mês não é ele). Serão, simplesmente, guitarristas que aprecio imenso e que são influências para mim.
Se por um lado vou começar com esta "actividade", por outro, as sondagens no blog passarão a ser muito raras, não só porque o meu tempo não é muito flexivel, como também devido ao facto de não encontrar temas muito interessantes ultimamente.
Por isso, se apreciam umas "guitarradas valentes", acho que vão gostar disto. Como guitarrista que sou, terei muito prazer em fazer esta rúbrica.

domingo, 3 de outubro de 2010

Extreme - Decadence Dance

Uma canção com uma pujança brutal, possivelmente aquela que tem o melhor trabalho de guitarra do Nuno Bettencourt no reportório dos Extreme!
Aqui vai o vídeo oficial:




E agora (suprise), um vídeo com o Nuno a explicar como se toca esta canção na guitarra eléctrica:

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Hoje é o dia mundial da música!!!






Factos da minha relação com a música:

- Ambos os lados da minha família (do meu pai e da minha mãe) têm antecedentes músicais. A minha avó materna (que faleceu mêses antes de eu nascer) era uma excelente cantora de fado, que recusou várias propostas para se juntar a grupos do género. O meu avô materno aprendeu a tocar harmónica de uma forma autodidata. Quanto ao lado do meu pai, o meu tio toca guitarra acústica e um primo do meu pai era baixista.
- Quando eu era muito novo era bastante hiperactivo e corria de um lado para o outro constantemente. Para me acalmarem, os meus pais colocavam cd's de música clássica na aparelhagem da sala de estar. Eu acalmava-me imediatamente.
- O primeiro concerto a que assisti (e de que curiosamente me recordo) foi do Rui Veloso, num concerto grátis ao ar livre no Porto. Pode-se dizer que ele se tornou na minha primeira grande inspiração músical.
- Com sete anos, deixei as entediantes aulas de karaté e fui para uma escola de música em Canelas (que encerrou seis anos depois), estudar piano e ter aulas de formação músical. Decidi fazê-lo após entregarem na sala de aula panfletos acerca da escola de música, o que me entusiasmou imenso. Fui para a escola de música juntamente com um amigo de longa data chamado André Meirinhos.
- Após seis anos a estudar piano clássico, a escola de música encerra. Como se isso não bastasse, o meu interesse no intrumento era quase nulo no último ano em que lá estive, pois entediava-me tocar apenas música clássica, e eu estava a ganhar muito peso e, possivelmente, a aproximar-me da obesidade. Isso fez com que desistisse do intrumento e passasse a praticar desporto (basquetebol e futebol), enquanto que a maior parte dos alunos e professores da escola de música de Canelas mudaram-se para a Academia de Música de Gulpilhares.
- Aos 14 anos, descubro uma banda chamada My Chemical Romance e, em efeito "bola de neve", começo a pesquizar e a descobrir bandas de Rock e Metal. Para além dos MCR, fiquei um grande fã de mais duas bandas: Metallica e Iron Maiden. Curiosamente, aquilo que mais me chamou à atenção era um instrumento que viria a fazer a minha vida dar uma volta de 180º graus: a guitarra.
- Visto que tinha desperdiçado uma enorme oportunidade com o piano e como achava que pedir aos meus pais para ter aulas de guitarra seria um desrespeito, começo a jogar Guitar Hero, sendo essa a única alternativa que tinha. Tive uma enorme e agradavel surpresa quando o meu pai, ao ver-me jogar, me perguntou "Não gostavas de tocar guitarra a sério?". Depois disso, não voltei a pegar a sério no jogo e comecei imediatamente a juntar dinheiro para comprar uma guitarra eléctrica e um amplificador. Perto do meu 16º aniversário (no Verão do ano passado), tive o que queria e o meu pai ainda me deu uma guitarra acústica.
- Nessa época, assisti ao meu primeiro grande concerto, isto no Optimus Alive. No cartaz desse dia constavam os Metallica, os Slipknot, os Machine Head, os Lamb Of God, os Mastodon e os Ramp. Só posso dizer que foi espectacular! Desde então, ainda assisti a concertos dos The Australian Pink Floyd Show, B. B. King e Slash.
- À um ano, comecei a ter aulas de guitarra eléctrica. E à um ano sei que estou a fazer aquilo de que realmente gosto.
- Em Dezembro, juntei-me a uma banda como vocalista mas o resultado foi absolutamente nulo. Eu e um primo meu acabamos expulsos em Janeiro por motivos maioritariamente idiotas e sem sentido. De seguida, esse meu primo, Paulo Costa, quis formar uma banda, tendo eu acabado por aceder em fazê-lo com ele. Este chamou um amigo que na época eu desconhecia chamado Gonçalo Gil, e começamos a compôr material imediatamente. Este Verão, o Paulo saiu da banda/projecto para dedicar o tempo livre a outras actividades. Eu e o Gonçalo falamos em formar um "Power Trio", mas a ideia só foi discutida ocasionalmente.
- Em Abril, compus e gravei em estúdio uma canção original, com o objectivo de ser interpretada pela turma numa conferência que organizamos acerca da igualdade entre sexos. Fizemos isso mesmo e ainda interpretei a canção uma vez mais, ainda que noutra ocasião, ao vivo e a solo no Colégio Internato dos Carvalhos. Tenho imenso material composto em casa, em segredo, e desejo fazer muita música com ele.
- Em Maio, compus uma canção "Untitled" com um amigo, Levi Silva, com o objectivo de abrir o espectáculo anual do colégio, o "I Have a Dream". No público estavam, pelo menos, mil pessoas.
- Este Verão, iniciei um projecto com um amigo, o Daniel Pereira, e no primeiro dia quase concluimos a nossa primeira canção. Como a ideia do "Power Trio" com o meu amigo Gonçalo Gil (baixista) não se materializava, chamei-o para se juntar a mim e ao Daniel. Ele acedeu e nas poucas vezes que estivemos juntos (juntamo-nos em Agosto) compomos muito material mesmo, e que eu considero muito bom. Estamos agora à procura de um baterista e de um vocalista para completarmos a formação.


Se eu podia viver sem a música? Não, definitivamente NÃO! Quero e vou fazer desta arte a minha vida. Por isso trabalho constantemente para esse objectivo. E sei que um dia vou chegar lá!
PORQUE A MÚSICA É A MINHA VIDA!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ozzy Osbourne - Mr. Crowley

Que Ozzy é uma figura mítica da música, já toda a gente sabe. Quer seja pelas grandes canções, pela história da sua carreira ou até por aquela controvérsia do morcego que perdeu a cabeça (literalmente) quando Ozzy a arrancou à dentada em palco. Mas há um nome que quero destacar acima de tudo: Randy Rhoads! Teve uma carreira muito curta, morrendo aos 25 anos devido a um acidente de avião, mas foi o que chegou para fazer dele uma lenda. Com apenas dois anos a fazer música com Ozzy (isto à parte do trabalho realizado anteriormente com os Quiet Riot), Randy influênciou guitarristas tão virtuosos como Zakk Wylde, Yngwie Malmsteen, Michael Angelo Batio, Buckethead e Paul Gilbert, entre outros.
"Mr. Crowley" contem dois solos de Rhoads, dois dos melhores solos dele. Abaixo, têm duas versões ao vivo. A primeira conta com Randy na guitarra, e a segunda tem Zakk Wylde a ocupar esta posição:






LONG LIVE RANDY RHOADS!

sábado, 25 de setembro de 2010

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Santana ft. Rob Thomas - Smooth

O ano de 1999 viu o regresso de Carlos Santana, famoso guitarrista mexicano, à gloria. Esta é uma das suas várias colaborações bem sucedidas... mas esta ganhou três Grammys.
Já agora, Carlos Santana lançou hoje mesmo um álbum de covers com diversos artistas convidados (Chris Cornell, Scott Weiland e Gavin Rossdale, entre muitos outros) intitulado "Guitar Heaven: Santana Performs the Greatest Guitar Classics of All Time". Estas covers incluem canções como "Whole Lotta Love", "Smoke On The Water", "Sunshine Of Your Love" e Under The Bridge", entre outros clássicos.
Aqui vai o vídeo oficial de "Smooth":




E aqui vai, claro, uma versão ao vivo:

sábado, 18 de setembro de 2010

Jimi Hendrix





Jimi Hendrix, considerado por muitos o melhor guitarrista de sempre, faleceu precisamente à 40 anos. Este incorporava vários estilos músicais, ainda que especialmente o Blues, e popularizou o pedal wah-wah (que lhe foi introduzido por Frank Zappa). Este fez também actuações míticas nos festivais de Monterey (1967), Woodstock (1969) e Isle Of Wight (1970). As suas guitarras favoritas eram a Fender Stratocaster, a Fender Jaguar e a Gibson Flying V. Se por um lado foi influênciado por artistas de blues como B.B. King, Muddy Waters, Howlin' Wolf, Albert King e Elmore James, por outro lado viria a influênciar quase todos os guitarristas de renome que se seguiram.


Jimi Hendrix nasceu a 27 de Novembro de 1942 em Seattle, Washington, ou seja, numa época em que o movimento músical que viria a caracterizar a cidade (o Grunge) não era sequer imaginado. Como a figura músical turbulenta que era, conheceu a turbulência desde cedo: os seus pais separaram-se em 1951 e a sua mãe, muito dada ao álcool, morreu em 1958. Hendrix começou por tocar Ukelele (instrumento de 4 cordas, introduzido no Havaí pelos portugueses no século XVII), e o seu pai ofeceu-lhe a sua primeira guitarra (acústica) por volta dos seus 15 anos, comprada por apenas cinco dólares. Porém, a guitarra era para dextros, e Jimi Hendrix era esquerdino (ou assim consta, porque um estudo recente provou que Jimi era ambidextro e que essa polivalência pode estar na base da sua criatividade).
Depois de tocar com várias bandas locais de Seattle, Hendrix alistou-se no exército. Hendrix alistou-se também como voluntário para a guerra do Vietnam, mas nunca esteve em combate. No entanto, as suas gravações tornaram-se as favoritas entre os soldados que lá lutavam. Inicialmente, Hendrix tocou em bandas de apoio a músicos de soul e blues como Curtis Knight, B. B. King, e Little Richard em 1965.

Foi enquanto tocava com outra banda ao vivo que Hendrix foi descoberto por Chas Chandler, baixista do famoso grupo de rock britânico The Animals. Chandler levou-o para a Inglaterra, levou-o a um contrato de agenciamento e produção com seu produtor musical e ajudou-o a formar uma nova banda, os The Jimi Hendrix Experience, com o baixista Noel Redding e o percussionista Mitch Mitchell.
Durante as suas primeiras apresentações em clubes de Londres, o nome da nova estrela espalhou-se como fogo pela indústria musical britânica. Os seus concertos e estilo criaram fãs rapidamente, entre eles os guitarristas Eric Clapton, Jeff Beck e Brian Jones, assim como os Beatles e os The Who, cujos produtores imediatamente encaminharam Hendrix para a editora que produzia os The Who: a Track Records. O primeiro "single" desta parceria, uma regravação de "Hey Joe", tornou-se quase que um padrão para as bandas de rock da época. Seguiram-se os singles "Purple Haze" e "The Wind Cries Mary".

Em 1967, os The Jimi Hendrix Experience lançam o seu primeiro álbum: "Are You Experienced?". O álbum fez muito sucesso, que só não alcançou o número 1 porque foi "barrado" pelo álbum "Sgt Peppers Lonely Heart Club Band" dos The Beatles. O álbum é considerado por muitos o melhor álbum de estreia de todos os tempos. Por volta dessa altura, a banda deu um espectáculo memoravel no festival de Monterey. A cena mais famosa da actuação é, evidentemente, o seu final, no qual Hendrix rebola no chão, simula sexo com os seus amplificadores e, por fim, queima a sua guitarra (como podem ver na imagem que dá início ao artigo) e destroi-a.
Enquanto isso, de volta a Inglaterra, a sua imagem de "selvagem" e de cheio de recursos de exibicionismo (tal como tocar a guitarra com os dentes e com ela às costas) continuava a trazer-lhe notoriedade, apesar de ele ter começado a sentir-se cada vez mais frustrado, devido à concentração dos meios de comunicação e das platéias nas suas atuações no palco e nos seus primeiros sucessos, e pela crescente dificuldade em ter as suas músicas novas também aceites.
No mesmo ano, o grupo lança o seu segundo álbum, "Axis: Bold as Love", que continuou com o estilo estabelecido por "Are You Experienced", com faixas como "Little Wing" e "If 6 Was 9", mostrando a continuidade de sua habilidade com a guitarra. No entanto, um percalço quase impediu o lançamento do álbum — Hendrix perdeu a fita com a gravação "master" do lado 1 do LP depois de acidentalmente ter-se esquecido dela num táxi. Com a proximidade do prazo final de lançamento, Hendrix, Chandler e o engenheiro de som Eddie Kramer foram forçados a fazer à pressa uma remixagem a partir das gravações multi-canais, o que eles conseguiram terminar numa verdadeira maratona noturna. Esta foi a versão lançada em dezembro de 1967, apesar de Kramer e Hendrix mais tarde terem dito que nunca ficaram totalmente satisfeitos com o resultado final.

Em 1968, a banda lança o seu terceiro e último álbum de estúdio, "Electric Ladyland". O álbum contem clássicos como "Voodoo Child", "Crosstown Trafic" e uma grande cover de Bob Dylan, "All Along The Watchtower". Porém, a gravação deste álbum foi extremamente turbulenta: Hendrix decidira voltar aos EUA e, frustrado com as limitações da gravação comercial, decidiu criar seu próprio estúdio em Nova Iorque, no qual teria espaço ilimitado para desenvolver a sua música. A construção do estúdio, baptizado com o nome "Electric Lady" foi repleta de problemas, e o mesmo só foi concluído em meados de 1970.
O trabalho antes disciplinado de Hendrix estava também a tornar-se errático, e as suas intermináveis sessões de gravação repletas de novos músicos finalmente fizeram com que Chas Chandler pedisse demissão no dia 1 de dezembro de 1968. Chandler posteriormente queixou-se da insistência de Hendrix em repetir gravações constantemente (a música Gypsy Eyes aparentemente teve 43 tentativas de gravação, e ainda assim Hendrix não ficou satisfeito com o resultado) combinado com o que Chas viu com uma incoerência causada por drogas, fez com que ele vendesse a sua parte no negócio ao seu parceiro Mike Jefferey. O perfeccionismo de Hendrix no estúdio era uma marca - comenta-se que ele fez o guitarrista Dave Mason tocar 20 vezes o acompanhamento de guitarra de All Along The Watchtower - e ainda assim ele estava sempre inseguro quanto a sua voz, e muitas vezes gravava-a escondido no estúdio.

A expansão dos seus horizontes musicais foi acompanhada por uma deterioração no seu relacionamento com os colegas de banda (particularmente com Redding), e os The Jimi Hendrix Experience acabaram em 1969.
Em Agosto de 1969, no entanto, Hendrix formou uma nova banda, chamada Gypsy Suns and Rainbows, para tocar no Festival de Woodstock. Esta tinha Hendrix na guitarra, Billy Cox no baixo, Mitch Mitchell na bateria, Larry Lee na guitarra base e Jerry Velez e Juma Sultan na bateria e percussão. O concerto, apesar de notoriamente sem ensaio e desigual na performance (Hendrix estava, dizem, sob o efeito de uma dose potente de LSD tomada pouco antes de subir ao palco) e tocado para uma platéia celebrante que se esvaziava lentamente, possui uma extraordinária versão instrumental improvisada do hino nacional norte-americano, The Star-Spangled Banner, distorcida, quase irreconhecivél e acompanhada de sons de guerra, como metralhadoras e bombas, produzidos por Hendrix em sua guitarra (a criação desses efeitos foi inovadora, expandindo para além das técnicas tradicionais das guitarras elétricas). Essa execução foi descrita por muitos como a declaração da inquietude de uma geração da sociedade americana, e por outros como uma critica sublime aos E.U.A, estranhamente simbólica da beleza, espontaneidade e tragédia que estavam embutidas na vida de Hendrix. Foi uma execução inesquecível relembrada por gerações. Quando lhe foi perguntado no Dick Cavett Show se estava consciente de toda a polêmica que havia causado com a performance, Hendrix simplesmente declarou: "Eu achei que foi lindo."

Os Gypsy Suns and Rainbows teveram uma vida curta, e Hendrix formou um novo trio com velhos amigos, os Band of Gypsys, com seu antigo companheiro de exército, Billy Cox no baixo e Buddy Miles na bateria, para quatro memoráveis concertos na véspera do Ano Novo de 1969/1970. Felizmente os concertos foram gravados, capturando várias peças memoráveis, incluindo o que muitos acham ser uma das maiores performances ao vivo de Hendrix, uma explosiva execução de 12 minutos do seu épico antiguerra "Machine Gun". Em 1970, em Agosto, a banda tocou no Festival "Isle of Wight" com Mitchell e Cox, expressando desapontamento no palco em face do clamor de seus fãs por ouvir seus antigos sucessos, em vez de escutarem as suas canções mais recentes, mesmo tendo momentos memoráveis (inclusive Jimi Hendrix executando a clássica "Machine Gun", desta feita com 18 minutos de duração). A 6 de Setembro, durante sua última turnê européia, Hendrix foi bastante mal recebido por fãs, quanto se apresentou no Festival de Fehmarn, na Alemanha, um evento marcado por motins e um clima político agreste. O baixista Billy Cox deixou a turnê e regressou aos Estados Unidos depois de supostamente ter utilizado fenilciclidina (ou seja, uma substância analgésica).

Nas primeiras horas de 18 de Setembro de 1970 (faz hoje pricisamente 40 anos), jimi Hendrix viu a sua luz eclipsar-se. A causa da sua morte nunca foi inteiramente explicada, mas teve como resultado o afogamento de Hendrix no próprio vómito, que estava principalmente composto por Vinho Tinto. Hendrix juntava-se assim ao misterioso "Clube dos 27", do qual fazem parte outras estrelas como Jim Morrison, Janis Joplin, Brian Jones e Kurt Cobain, todos eles falecidos com apenas 27 anos.

No entanto, mesmo com a sua morte, foi lançado imenso material e milhares de gravações nunca antes ouvidas. São de destacar os álbuns póstumos "Cry Of Love", "Rainbow Bridge", "War Heroes", "First Rays Of The New Rising Sun" e o mais recente "Valleys Of Neptune", lançado este ano e que adquiri à pouco tempo. Para além disso, vai ser lançada uma box set no dia 15 de Novembro de 2010 intitulada "West Coast Seattle Boy: The Jimi Hendrix Anthology". Esta box set contem quatro cd's com gravações de estúdio e ao vivo inéditas, bem como um documentário baseado na vida e obra de Jimi Hendrix intitulado "Jimi Hendrix Voodoo Child". Também vai ser lançado um "Best of" mais simples de um só disco, com e sem documentário.


A conclusão que podemos tirar, depois de tudo isto, é que Jimi Hendrix é imtemporal e inesquecivel. Pode ter falecido à 40 anos, mas para nós, fãs, Jimi Hendrix nunca morrerá.





sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A viagem de regresso...

Como tinha prometido, ia escrever um post acerca da viagem de regresso a casa depois de umas óptimas férias em Salou. Devem estar a perguntar-se "Porque raio é que é preciso um artigo só para isso?"... pois, acontece que foi um episódio bastante... único.
Saimos do hotel na fria madrugada de 8 de Setembro com óbvias intenções de voltar a casa. Antes de nos fazermos à auto-estrada, abastecemos o carro até o depósito da gasolina ficar cheio. E lá fomos nós...
Não muito tempo depois, o carro começa a demonstrar sinais de fraqueza. Mais propriamente, a fazer ruídos estranhos. Mais ou menos depois de 70 quilómetros, o carro passa-sa mesmo: faz ruídos insanos e em nada comuns, e percebemos que tinhamos ali um "belo" problema. Paramos o carro ao lado da auto-estrada e de seguida tentamos arrancar. E, azar dos azares, o carro não arrancava. Escusado será dizer que ficamos lixados da vida e que já se faziam previsões pessimistas mas, infelizmente, acertadas acerca daquilo que estavamos a enfrentar. Por sorte, havia mesmo à nossa frente um sinal de uma estação de serviço a dois quilómetros. Eu e o meu pai empurramos o carro até lá (que remédio) e, quando lá chegamos, já o sol nascia.
O meu pai ligou para a seguradora para que nos ajudassem, e eles anunciaram que enviariam um reboque e um taxi. Se a reparação do carro, fosse qual fosse o problema, demorasse até três dias, o carro seria reparado em Espanha e teriamos de lá ficar. Se ultrapassasse o prazo de três dias, o carro seria rebocado para Portugal e eles enviariam um taxi para nos enviar para casa. Com a ajuda do taxi e do reboque (e depois de esperarmos horas por eles), fomos para uma oficina da Opel que ficava ali perto. A coisa complicava-se: a reparação demoraria, pelo menos, três dias (e ainda tivemos sorte, porque o meu pai disse que a reparação era uma emergência, e os funcionários apressaram o passo) e iamos mesmo ter de ficar ali. Depois de mais umas quantas horas, a seguradora finalmente arranjou o hotel, e aí soubemos que voltariamos para Terragona (pelo menos conheciamos a localidade e gostavamos bastante). Eles pagariam três noites ali enquanto o carro era reparado e nós iamos recebendo notícias acerca do carro. Esperamos mais umas duas horas pelo taxi que nos levaria ao hotel (imagino que a culpa destas demoras fosse da bur(r)ocracia) e lá fomos nós...
Quando lá chegamos (finalmente), apercebemo-nos de que era um hotel de quatro estrelas (sempre estivera em hoteis de três estrelas exclusivamente, pelo que fiquei surpreendido) mas passamos por outro momento de seca e possivel bur(r)ocracia: a seguradora demorou horas para confirmar a nossa estadia. A velocidade a que toda a experiência se movia era comparavel à velocidade de um caracol...
Ainda no primeiro dia ficamos a saber que o problema do carro era o motor: simplesmente tinha dado o berro (e já tinham sido muitos anos com esse mesmo problema, na verdade). Agora, os mecanicos iriam tentar encontrar um motor usado para o carro, o que viria a acontecer rapidamente, e acontece que o motor estava (e está) quase novo. Se por um lado ficamos satisfeitos por saber que havia reparação relativamente rápida, por outro lado sabiamos muito bem que a conta seria bem extensa... posso ainda dizer que nos vi a agirmos como uma familia muito unida: a discutirmos o assunto seriamente e a ajudar-nos uns aos outros para ultrapassar o mesmo problema. Até chegamos a procurar transportes públicos para casa, para o caso de virmos a precisar...
Aproveitamos, claro, para aproveitar e passear durante aqueles três dias em Terragona, mas não aproveitamos tanto quanto isso: eu passaria lá férias sem problemas, gosto da cidade, mas não quero estar ali naquelas circunstâncias. Ninguém queria. Descontraimos, é certo, mas o pensamento estava prioritariamente no carro. E assim se passaram estas férias "extra"...
Já no terceiro dia, eu e o meu pai fomos à Opel pois no final do dia já trariamos, quase de certeza, o carro. Fomos de taxi, claro, e ficamos lá durante umas horas, a conversar maioritariamente sobre música. Depois fomos chamados para ver em que estado estava o motor avariado: só vos posso dizer que estava MESMO lixado! Fizeram-se os últimos testes ao carro e ele estava pronto. Porra, FINALMENTE. É claro que, pelo arranjo do carro, o meu pai pagou cerca de 1400 euros, o que é um enorme estouro financeiro... mas caramba, o problema já estava resolvido! E lá voltamos de carro ao hotel, enquanto ouviamos o "Machine Head", dos Deep Purple.
No dia seguinte, lá voltamos a Portugal, a casa. Como disse uma amiga minha, fiquei aqui com uma boa história para contar a futuros netos (se os tiver, claro). E que aventura esta...