Após quase duas semanas ausente, finalmente voltei a casa, para junto das tecnologias que uso.
Estas férias foram passadas em Benidorm, local onde já tinha estado, mas há uns dez anos atrás, e por isso as recordações desses tempos "longínquos" são muito poucas.
A viagem de carro foi aborrecidicima. Foram mais de doze horas enfiado num carro com pouco espaço para o mais pequeno movimento.
Mas o hotel surpreendeu-me, muito pela positiva. De facto, este foi o melhor hotel em que fiquei nos ultimos anos. Actividades e animação constantes todos os dias, um ambiente descontraído, piscina e comida excepcionalmente bem preparada. Claro que nada é perfeito, e o hotel também tem as suas falhas. Falo mais precisamente do quarto de hotel, que não era propriamente espaçoso, mas servia para o essencial. Mas o que era pior (disto o hotel já não tem culpa) eram algumas crianças irritantes que quebravam, danificavam e destruiam aquilo que lhe aparecesse à frente, e os pais não lhes davam qualquer educação, preferindo ter o traseiro bem sentado nas cadeiras.
Cheguei mesmo a assistir a um episódio bizarro, em que duas pessoas estavam a jogar bilhar tranquilamente no hotel, e de repente entra um rapaz com cerca de cinco anos, dirigindo-se rapidamente à mesa de bilhar, acompanhado por um miudo um pouco mais velho. O mais novo começou a agir como um louco, retirando todas as bolas de bilhar dos lugares onde estavam e inserindo-as nos buracos, para indignação das poucas pessoas que estavam a ver. O rapaz mais velho começou a agarrá-lo para o tirar dali, mas sem sucesso, e as duas pessoas que estavam a jogar bilhar foram chamar uma funcionária do hotel. Assim que o mais velho os viu sair, aliou-se ao mais novo e começou ele também a meter bolas nos buracos e a pegar nelas, já quase pronto para deixar o local com as bolas na mão. Porém a funcionária e as duas pessoas voltaram depressa e o rapaz só teve tempo de colocar as bolas de novo na mesa, como se não tivesse feito nada. E onde estavam os pais? Mais uma vez, estavam descontraidamente sentados numa cadeira a rir dos mais variados assuntos que, tendo em conta as suas atituides, deviam ser bem parvos. O futebol e o já muito falado em Espanha, Ronaldo, devem ter sido os tipicos pontos de conversa para alguém que mal levanta o traseiro de uma cadeira ou de um sofá. Ah, e claro que comida deve ter sido outro bom tópico.
Ainda outro episódio se sucedeu com essa mesma criança, nessa mesma noite, quando o artista que iria actuar nessa noite pediu à criança para se voluntariar para um truque de equilibrismo. O miudo avançou imediatamente, erguendo os braços bem alto, ainda que ele fosse bem pequeno, para que todos olhassem para ele. Acabado o numero, o publico bateu palmas e o pai, qual paparazzo, dirigiu-se rapidamente para a frente, tapando a vista a algumas pessoas para tirar fotografias ao "filho prodígio".
Mas, para além de todo este espalhafato, posso dizer que foram umas óptimas férias. A água era quente, como se quer, apesar do perigo de se ser picado por uma medusa (a minha irmã foi, mas nada de grave se deu), e o ambiente à noite era bastante parecido com o ambiente que vemos no Algarve (para muitos, começa a transformar-se no "Allgarve").
Umas boas férias, portanto, estas que passei, e agora é hora de voltar aos estudos e à minha guitarra.
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