sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Hoje é o dia mundial da música!!!
Factos da minha relação com a música:
- Ambos os lados da minha família (do meu pai e da minha mãe) têm antecedentes músicais. A minha avó materna (que faleceu mêses antes de eu nascer) era uma excelente cantora de fado, que recusou várias propostas para se juntar a grupos do género. O meu avô materno aprendeu a tocar harmónica de uma forma autodidata. Quanto ao lado do meu pai, o meu tio toca guitarra acústica e um primo do meu pai era baixista.
- Quando eu era muito novo era bastante hiperactivo e corria de um lado para o outro constantemente. Para me acalmarem, os meus pais colocavam cd's de música clássica na aparelhagem da sala de estar. Eu acalmava-me imediatamente.
- O primeiro concerto a que assisti (e de que curiosamente me recordo) foi do Rui Veloso, num concerto grátis ao ar livre no Porto. Pode-se dizer que ele se tornou na minha primeira grande inspiração músical.
- Com sete anos, deixei as entediantes aulas de karaté e fui para uma escola de música em Canelas (que encerrou seis anos depois), estudar piano e ter aulas de formação músical. Decidi fazê-lo após entregarem na sala de aula panfletos acerca da escola de música, o que me entusiasmou imenso. Fui para a escola de música juntamente com um amigo de longa data chamado André Meirinhos.
- Após seis anos a estudar piano clássico, a escola de música encerra. Como se isso não bastasse, o meu interesse no intrumento era quase nulo no último ano em que lá estive, pois entediava-me tocar apenas música clássica, e eu estava a ganhar muito peso e, possivelmente, a aproximar-me da obesidade. Isso fez com que desistisse do intrumento e passasse a praticar desporto (basquetebol e futebol), enquanto que a maior parte dos alunos e professores da escola de música de Canelas mudaram-se para a Academia de Música de Gulpilhares.
- Aos 14 anos, descubro uma banda chamada My Chemical Romance e, em efeito "bola de neve", começo a pesquizar e a descobrir bandas de Rock e Metal. Para além dos MCR, fiquei um grande fã de mais duas bandas: Metallica e Iron Maiden. Curiosamente, aquilo que mais me chamou à atenção era um instrumento que viria a fazer a minha vida dar uma volta de 180º graus: a guitarra.
- Visto que tinha desperdiçado uma enorme oportunidade com o piano e como achava que pedir aos meus pais para ter aulas de guitarra seria um desrespeito, começo a jogar Guitar Hero, sendo essa a única alternativa que tinha. Tive uma enorme e agradavel surpresa quando o meu pai, ao ver-me jogar, me perguntou "Não gostavas de tocar guitarra a sério?". Depois disso, não voltei a pegar a sério no jogo e comecei imediatamente a juntar dinheiro para comprar uma guitarra eléctrica e um amplificador. Perto do meu 16º aniversário (no Verão do ano passado), tive o que queria e o meu pai ainda me deu uma guitarra acústica.
- Nessa época, assisti ao meu primeiro grande concerto, isto no Optimus Alive. No cartaz desse dia constavam os Metallica, os Slipknot, os Machine Head, os Lamb Of God, os Mastodon e os Ramp. Só posso dizer que foi espectacular! Desde então, ainda assisti a concertos dos The Australian Pink Floyd Show, B. B. King e Slash.
- À um ano, comecei a ter aulas de guitarra eléctrica. E à um ano sei que estou a fazer aquilo de que realmente gosto.
- Em Dezembro, juntei-me a uma banda como vocalista mas o resultado foi absolutamente nulo. Eu e um primo meu acabamos expulsos em Janeiro por motivos maioritariamente idiotas e sem sentido. De seguida, esse meu primo, Paulo Costa, quis formar uma banda, tendo eu acabado por aceder em fazê-lo com ele. Este chamou um amigo que na época eu desconhecia chamado Gonçalo Gil, e começamos a compôr material imediatamente. Este Verão, o Paulo saiu da banda/projecto para dedicar o tempo livre a outras actividades. Eu e o Gonçalo falamos em formar um "Power Trio", mas a ideia só foi discutida ocasionalmente.
- Em Abril, compus e gravei em estúdio uma canção original, com o objectivo de ser interpretada pela turma numa conferência que organizamos acerca da igualdade entre sexos. Fizemos isso mesmo e ainda interpretei a canção uma vez mais, ainda que noutra ocasião, ao vivo e a solo no Colégio Internato dos Carvalhos. Tenho imenso material composto em casa, em segredo, e desejo fazer muita música com ele.
- Em Maio, compus uma canção "Untitled" com um amigo, Levi Silva, com o objectivo de abrir o espectáculo anual do colégio, o "I Have a Dream". No público estavam, pelo menos, mil pessoas.
- Este Verão, iniciei um projecto com um amigo, o Daniel Pereira, e no primeiro dia quase concluimos a nossa primeira canção. Como a ideia do "Power Trio" com o meu amigo Gonçalo Gil (baixista) não se materializava, chamei-o para se juntar a mim e ao Daniel. Ele acedeu e nas poucas vezes que estivemos juntos (juntamo-nos em Agosto) compomos muito material mesmo, e que eu considero muito bom. Estamos agora à procura de um baterista e de um vocalista para completarmos a formação.
Se eu podia viver sem a música? Não, definitivamente NÃO! Quero e vou fazer desta arte a minha vida. Por isso trabalho constantemente para esse objectivo. E sei que um dia vou chegar lá!
PORQUE A MÚSICA É A MINHA VIDA!
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3 comentários:
Mais uma excelente auto-análise, bastante construtiva e deixando poucas dúvidas a quem lê sobre o percurso deste futuro guitarrista que me orgulho de ter com filho.
Só espero que tenha a "sorte" e o "juízo" que normalmente não são apanágio, infelizmente, de muitos dos que rodeiam o mundo musical.
E que já agora tenham presente a formação académica já que é sempre com a aprendizagem e cultura que se chega mais longe e que nos tornámos diferentes dos outros no sentido positivo do termo.
Apenas um pequeno reparo no que diz repeito á exposição demasiado aberta e pormenorizada da vida pessoal, não que ele tenha algo a esconder dos seguidores deste blog pelo contrário, mas na minha opinião não se deve falar muito de nós próprios, deverá ser mais uma análise para outros fazerem, ou então para mais tarde, para quem sabe uma auto-biografia...
De resto vai em frente meu filho, sei que com espirito de trabalho haverás de chegar longe.
Obrigado pai. :D
Quanto à exposição da vida pessoal, não vejo nenhum problema nisso desde que não ultrapasse as importantíssimas barreiras da privacidade, e, claro, desde que não seja uma exposição muito auto-elogiosa.
Estes artigos não são feitos com a atitude "olhem para mim". Na verdade, são uma forma de eu próprio analizar onde estive, onde estou e para onde vou seguir. É uma espécie de exercício pessoal. E é com a mesma atitude que vejo vídeos que gravei a tocar guitarra eléctrica no passado ... assim sei se estou a evoluir e quanto estou a evoluir. :)
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