É com este post que se encerra o ano. Pessoalmente, foi um ano de grande criatividade e descobertas.
Em rapida análise à primeira sondagem realizada neste blog, ouveram seis votos, todos para "Está muito bom". Apesar de ser um resultado muito positivo, seis votos são poucos. A ideia presente na realização destas sondagens é dar voz aos leitores, e gostava de relembrar isso. De qualquer das formas, agradeço a quem se interessou e votou.
Por último, gostaria de desejar um bom ano novo aos leitores. Não desejo que seja igual a este ano prestes a terminar (como muitos conformistas desejam) mas sim que seja muito melhor.
Bom ano novo!
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
domingo, 27 de dezembro de 2009
Green Day - Good Riddance (Time Of Your Life)
Este será, muito provávelmente, o último post musical que faço este ano. Achei bem acabar em beleza, com uma música calma e positiva, tal como devia ser a vida e o mundo.
Aqui vai o vídeo oficial:
E aqui vai, ainda, uma versão ao vivo:
Aqui vai o vídeo oficial:
E aqui vai, ainda, uma versão ao vivo:
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
O Natal
O natal é uma época muito celebrada em todo o mundo. É vista como uma época de união, paz e amor.
Mas o que é realmente celebrado no natal? Celebra-se a suposta data de nascimento de Jusus Cristo, ainda que esta não seja concreta. Esta é uma celebração entre os cristãos.
Porém, há muita coisa de que não gosto no natal. Neste post denuncio o que está errado no natal e o que a nossa sociedade lhe fez. Não é um meio para descarregar raiva, descontentamento e protestos, mas sim para chamar à atenção aqueles que acham que está tudo bem e que esta época é "sagrada", em vários sentidos.
Em primeiro lugar, gostava de saber porque é que as outras religiões do mundo não têm direito à atenção recebida pelo natal. Eu sou ateu (ou pelo menos tenho as ideologias e valores de um, ainda que seja baptizado e tenha a primeira comunhão) mas acredito na igualdade de direitos. E não consigo compreender a razão pela qual os judeus, os muçulmanos, os budistas e muitos outros seres humanos com outras religiões não têm o mesmo mediatismo.
Em segundo lugar, gostaria de vos falar acerca do implacável marketing por detrás de tudo isto. O facto é que as empresas "devoram" os consumidores e, principalmente, as suas carteiras. Aproveitam-se da generosidade dos consumidores. E, como se sabe, as crianças são o alvo mais atacado. É que uma criança tem o incrivel poder de influência sobre o comportamento dos pais (no bom e/ou no mau sentido). Qual é o pai que não fica envergonhado quando o seu filho berra no hipermercado "Papá, eu quero o boneco"? Apontar o dedo (acção designada como "feia") descaradamente a outra criança que passe por perto e dizer "Olha aquele menino que não chora. Olha que vergonha! Vês o menino? Ele não chora como tu" nunca resolve nada. Para mim, esta até é uma acção incrivelmente vergonhosa de se fazer. Uma criança não tem o direito de chorar? Tem, mas a visão da sociedade sobre o pai (que fique esclarecido que por "pai" estou a referir-me tanto a um pai como a uma mãe) parece falar mais alto.
A publicidade apressa-se na propaganda de vários brinquedos típicos para as crianças. É que quanto mais cedo, melhor, e se fôr necessário começar em Outubro, começa-se. O que é necessário é captar a atenção da criança e, imediata e magneticamente, capturar a carteira dos pais.
Outra coisa que eu odeio no marketing natalício é a famosa figura conhecida por "Pai Natal". Segundo a lenda, existiu, à muitos anos, um homem que, numa aldeia, deixou vários presentes ás crianças no natal. Desde então, o Pai Natal foi adaptado pela sociedade como uma figura comercial. Como indica na wikipedia: "Há bastante tempo existe certa oposição a que se ensine crianças a acreditar em Papai Noel. Alguns cristãos dizem que a tradição de Papai Noel desvia das origens religiosas e do propósito verdadeiro do Natal. Outros críticos sentem que Papai Noel é uma mentira elaborada e que é eticamente incorreto que os pais ensinem os filhos a crer em sua existência. Ainda outros se opõem a Papai Noel como um símbolo da comercialização do Natal, ou como uma intrusão em suas próprias tradições nacionais. Outros apontam a tradição de Noel como um bom exemplo de como as crianças podem aprender que podem ser deliberadamente enganadas pelos mais velhos, o que ajudaria a ensiná-las a ser cuidadosas em aceitar qualquer outra superstição ou crença infundada". Penso que esta informação da wikipedia diz tudo o que há a dizer acerca do Pai Natal, e concordo com aqueles que estão contra esta figura de marketing.
Em terceiro e ultimo lugar, gostava de referir a óbvia pretenciosidade religiosa das cantigas de natal. Recentemente, deparei-me com uma famosa música de natal chamada "Joy To The World" e senti-me revoltado com as letras da música. Aqui vão elas:
Joy to the world! the Lord has come;
Let earth receive her King;
Let every heart prepare him room,
And heaven and nature sing,
And heaven and nature sing,
And heaven, and heaven, and nature sing.
Joy to the Earth! the Saviour reigns;
Let men their songs employ;
While fields and floods, rocks, hills, and plains
Repeat the sounding joy,
Repeat the sounding joy,
Repeat, repeat the sounding joy.
No more let sins and sorrows grow,
Nor thorns infest the ground;
He comes to make His blessings flow
Far as the curse is found,
Far as the curse is found,
Far as, far as, the curse is found.
He rules the world with truth and grace,
And makes the nations prove
The glories of His righteousness,
And wonders of His love,
And wonders of His love,
And wonders, wonders, of His love.
Estas letras deviam ver banidas visto que contêm uma revoltante mensagem ditatorial em partes como "Let earth receive her King".
No entanto, gostaria de referir um ponto positivo no meio de toda esta miséria, e que se trata da solidariedade. Campanhas não faltam, mas é necessário saber quais valem a pena apoiar. Ainda assim, gosto muito do esforço de muitos para fazer deste mundo um mundo melhor. Será necessário lembrar as pessoas que enquanto estas estão nas suas luxuosas casas a comer e a beber até o depósito rebentar, outros estão sozinhos, nas ruas, sem familia nem amigos, a mendigar e a respirar não um espirito de amor mas sim de solidão? E lembrem-se que a época de solidariedade é todos os anos, 24 horas por dia, e não apenas numa época "diferente", na qual contribuir equivale a "ficar bem na fotografia".
Pessoalmente, nunca verei o natal como uma celebração religiosa, mas sim como uma época de união, paz e amor. Uma época na qual se reunem os amigos e a familia. E dentro dos termos da união, da paz e do amor, o natal é quando um Homem quiser.
Bom Natal!
Mas o que é realmente celebrado no natal? Celebra-se a suposta data de nascimento de Jusus Cristo, ainda que esta não seja concreta. Esta é uma celebração entre os cristãos.
Porém, há muita coisa de que não gosto no natal. Neste post denuncio o que está errado no natal e o que a nossa sociedade lhe fez. Não é um meio para descarregar raiva, descontentamento e protestos, mas sim para chamar à atenção aqueles que acham que está tudo bem e que esta época é "sagrada", em vários sentidos.
Em primeiro lugar, gostava de saber porque é que as outras religiões do mundo não têm direito à atenção recebida pelo natal. Eu sou ateu (ou pelo menos tenho as ideologias e valores de um, ainda que seja baptizado e tenha a primeira comunhão) mas acredito na igualdade de direitos. E não consigo compreender a razão pela qual os judeus, os muçulmanos, os budistas e muitos outros seres humanos com outras religiões não têm o mesmo mediatismo.
Em segundo lugar, gostaria de vos falar acerca do implacável marketing por detrás de tudo isto. O facto é que as empresas "devoram" os consumidores e, principalmente, as suas carteiras. Aproveitam-se da generosidade dos consumidores. E, como se sabe, as crianças são o alvo mais atacado. É que uma criança tem o incrivel poder de influência sobre o comportamento dos pais (no bom e/ou no mau sentido). Qual é o pai que não fica envergonhado quando o seu filho berra no hipermercado "Papá, eu quero o boneco"? Apontar o dedo (acção designada como "feia") descaradamente a outra criança que passe por perto e dizer "Olha aquele menino que não chora. Olha que vergonha! Vês o menino? Ele não chora como tu" nunca resolve nada. Para mim, esta até é uma acção incrivelmente vergonhosa de se fazer. Uma criança não tem o direito de chorar? Tem, mas a visão da sociedade sobre o pai (que fique esclarecido que por "pai" estou a referir-me tanto a um pai como a uma mãe) parece falar mais alto.
A publicidade apressa-se na propaganda de vários brinquedos típicos para as crianças. É que quanto mais cedo, melhor, e se fôr necessário começar em Outubro, começa-se. O que é necessário é captar a atenção da criança e, imediata e magneticamente, capturar a carteira dos pais.
Outra coisa que eu odeio no marketing natalício é a famosa figura conhecida por "Pai Natal". Segundo a lenda, existiu, à muitos anos, um homem que, numa aldeia, deixou vários presentes ás crianças no natal. Desde então, o Pai Natal foi adaptado pela sociedade como uma figura comercial. Como indica na wikipedia: "Há bastante tempo existe certa oposição a que se ensine crianças a acreditar em Papai Noel. Alguns cristãos dizem que a tradição de Papai Noel desvia das origens religiosas e do propósito verdadeiro do Natal. Outros críticos sentem que Papai Noel é uma mentira elaborada e que é eticamente incorreto que os pais ensinem os filhos a crer em sua existência. Ainda outros se opõem a Papai Noel como um símbolo da comercialização do Natal, ou como uma intrusão em suas próprias tradições nacionais. Outros apontam a tradição de Noel como um bom exemplo de como as crianças podem aprender que podem ser deliberadamente enganadas pelos mais velhos, o que ajudaria a ensiná-las a ser cuidadosas em aceitar qualquer outra superstição ou crença infundada". Penso que esta informação da wikipedia diz tudo o que há a dizer acerca do Pai Natal, e concordo com aqueles que estão contra esta figura de marketing.
Em terceiro e ultimo lugar, gostava de referir a óbvia pretenciosidade religiosa das cantigas de natal. Recentemente, deparei-me com uma famosa música de natal chamada "Joy To The World" e senti-me revoltado com as letras da música. Aqui vão elas:
Joy to the world! the Lord has come;
Let earth receive her King;
Let every heart prepare him room,
And heaven and nature sing,
And heaven and nature sing,
And heaven, and heaven, and nature sing.
Joy to the Earth! the Saviour reigns;
Let men their songs employ;
While fields and floods, rocks, hills, and plains
Repeat the sounding joy,
Repeat the sounding joy,
Repeat, repeat the sounding joy.
No more let sins and sorrows grow,
Nor thorns infest the ground;
He comes to make His blessings flow
Far as the curse is found,
Far as the curse is found,
Far as, far as, the curse is found.
He rules the world with truth and grace,
And makes the nations prove
The glories of His righteousness,
And wonders of His love,
And wonders of His love,
And wonders, wonders, of His love.
Estas letras deviam ver banidas visto que contêm uma revoltante mensagem ditatorial em partes como "Let earth receive her King".
No entanto, gostaria de referir um ponto positivo no meio de toda esta miséria, e que se trata da solidariedade. Campanhas não faltam, mas é necessário saber quais valem a pena apoiar. Ainda assim, gosto muito do esforço de muitos para fazer deste mundo um mundo melhor. Será necessário lembrar as pessoas que enquanto estas estão nas suas luxuosas casas a comer e a beber até o depósito rebentar, outros estão sozinhos, nas ruas, sem familia nem amigos, a mendigar e a respirar não um espirito de amor mas sim de solidão? E lembrem-se que a época de solidariedade é todos os anos, 24 horas por dia, e não apenas numa época "diferente", na qual contribuir equivale a "ficar bem na fotografia".
Pessoalmente, nunca verei o natal como uma celebração religiosa, mas sim como uma época de união, paz e amor. Uma época na qual se reunem os amigos e a familia. E dentro dos termos da união, da paz e do amor, o natal é quando um Homem quiser.
Bom Natal!
sábado, 19 de dezembro de 2009
Led Zeppelin - Since I've Been Loving You
Esta é, sem dúvida alguma, uma das melhores músicas de uma das melhores bandas de todos os tempos.
A versão do álbum "Led Zeppelin III" já é incrivel, mas, quando vi esta versão ao vivo, senti-me arrepiado:
A versão do álbum "Led Zeppelin III" já é incrivel, mas, quando vi esta versão ao vivo, senti-me arrepiado:
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Guns N' Roses - Patience
Uma bela música da época de ouro dos Guns N' Roses.
Aqui vai o vídeo oficial:
E aqui vai, ainda, um versão ao vivo:
Aqui vai o vídeo oficial:
E aqui vai, ainda, um versão ao vivo:
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Radiohead - Paranoid Android
Uma música fantástica, de uma banda fantástica.
Esta música é adoravelmente esquizofrénica e multifacetada, e aconselho-a a todos:
Aqui vai, também, uma óptima versão ao vivo:
Esta música é adoravelmente esquizofrénica e multifacetada, e aconselho-a a todos:
Aqui vai, também, uma óptima versão ao vivo:
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Reflexão acerca do "Guitar Hero" e do "Air Guitar"
A guitarra... ah, a guitarra... um instrumento músical tão mágico (tal como muitos outros) e que tantas experiências proporcionou ao mundo e aos amantes da música. Um instrumento que criou tantas memórias, estrelas, momentos agradáveis e, simultaniamente, históricos...
A guitarra e os seus diversos conteúdos estão, nos dias de hoje, a ser denegridos e escorraçados devido a imitações "baratas" e humilhantes, criadas por feras movidas a dinheiro e imitadores movidos a reputação. Estas imitações tratam-se, como indica o título deste post, do famoso "Guitar Hero" e da ascendente modalidade conhecida por "Air Guitar".
Haverá algo de guitarra nestas imitações? Se há, as parecenças são tão poucas e tão fracas que apenas conseguem dar um título ao projecto.
Neste artigo vou falar-vos do "Guitar Hero" e do "Air Guitar", a fim de vos fazer reflectir sobre estes assuntos nos quais poucos parecem pensar.
Comecemos pelo "Guitar Hero":
O "Guitar Hero" já é conhecido por todos. Toda a gente sabe de que se trata este vídeo-jogo com imensa fama entre os jovens. De facto, existem várias versões e jogos parecidos como o "Rock Band" e o mais recente "DJ Hero" (que, como o nome indica, não envolve, certamente, uma guitarra, mas sim a imitação de uma mesa de mistura). O jogo consiste em "tocar guitarra" numa guitarra de plástico com uma barra (que deveriam ser as cordas...) e cinco fret-buttons coloridos (que deveriam ser os trantes da guitarra...). O que será que tem este jogo de guitarra? Pouquíssimo. É uma imitação pura e simplíssima do verdadeiro instrumento músical.
Os jovens (até da minha idade...) mais depressa ganham gosto por este jogo do que por uma guitarra a sério, quer seja ela acústica, eléctrica, de 12 cordas, etc. E quando lhes perguntamos se sabem tocar guitarra, eles respondem sempre algo como: "Guitarra a sério, não, mas toco no Guitar Hero. E em expert!". Como disse Nick Mason, baterista dos Pink Floyd: "...se eles passassem tanto tempo a praticar guitarra quanto o que passam a aprender a pressionar os botões seriam bastante bons neste momento”. Será preciso recordar a estes miúdos que se ninguém tocar guitarra a sério, ninguém vai fazer música para eles terem no jogo? Mas temos muita gente a dizer: "O Guitar Hero é muito mais dificil que uma guitarra a sério. Tocar numa guitarra a sério é canja, mas isto não. Isto é bem mais complicado, e sinto-me muito orgulhoso por conseguir tocar em Expert, que é o nível mais dificil!".
O problema é que, para as productoras e editoras há que vender música, pois para elas, é um negócio como qualquer outro. O importante é adquirir o máximo de lucro possível. Trata-se de fabricar e vender. E a música (bem como a pintura, o teatro e tantas outras artes) deveria ter objectivos mais prioritários em relação ás vendas e ao lucro. Deveria tratar-se de amor à arte, e não amor ao dinheiro. Mas estas ideologias aplicam-se cada vez menos à nossa sociedade de consumo...
Porém, o "Guitar Hero" e os jogos que seguem a mesma "onda" têm algo de bom. Uma coisa que me deixa menos revoltado contra este jogo. E trata-se da divulgação de várias bandas, músicas e até correntes músicais. E isso aprofunda os conhecimentos músicais de vários indivíduos, dos jogadores. Porém, devo lembrar que as bandas incluídas neste jogo têm, normalmente, direito a apenas uma música no jogo. E é aqui que entra estupidez de muitos que, se lhes perguntar-mos se conhecem os Dragonforce, respondem desta forma: "Ah, sim, conheço a Through The Fire And Flames. É mesmo muito dificil de tocar no Guitar Hero...". Mas não conhecem mais nenhuma música da banda. A partir daí, são necessárias pesquizas para aprofundar os conhecimentos acerca da banda.
No entanto, devo admitir que já fui jogador de "Guitar Hero". Conheci várias bandas, artistas e músicas desta forma. Ou melhor, uma pequena parte das que conheço actualmente. Os meus conhecimentos devem-se ao meu interesse por esta arte, à pesquiza própria e, até, a recomendações de amigos e familiares. Porém, devo também avisar que o meu interesse no "Guitar Hero" acabou quando o meu pai me viu jogar este jogo e disse: "Olha, tu não gostavas de tocar guitarra a sério?". Coloquei o jogo na pausa e disse: "Adorava. Preferia-o mil vezes a isto". A razão que me levou a não ter considerado comprar e a aprender a tocar guitarra antes de adquirir o "Guitar Hero" era o facto de, de certa forma, ter desperdiçado a opurtunidade que tive quando tive aulas de piano durante 6 anos. Sentia que não me iam dar outra opurtunidade. Mas deram-ma. Coloquei o jogo de lado imediatamente e fui juntando dinheiro até ter o suficiênte para comprar a guitarra eléctrica que tenho agora e o amplificador (não muito tempo depois, ainda tive a sorte de ser presenteado com uma guitarra acústica...). Foi uma questão de escolha. E eu fiz a minha.
Quanto ao "Air Guitar", estamos perante outra enorme vergonha no legado deixado pela guitarra e pelos verdadeiros guitarristas. E esta vergonha até tem direito a um campeonato Mundial. E filme!
Antes de mais, vejam este vídeo:
E agora, o trailer do tal filme:
Como pode algo assim não ser ridículo? Não pode. Não há qualquer guitarra ali, a menos que seja invisivel (ou, como indica o nome, feita de ar). No Campeonato do Mundo de Air Guitar já foi oferecido, da parte de Brian May, guitarrista dos Queen, um amplificador como prémio. Mas qual é a razão para uma lenda do Rock se envolver em algo assim? Só se a resposta fôr mesmo... reputação!
Até o Gato Fedorento já fez um sketch acerca desta modalidade. Vejam:
A conclusão a que chego após escrever este artigo é muito simples: Se conseguia viver sem o "Guitar Hero" e o "Air Guitar"? Conseguia. Mas não conseguia viver sem a guitarra.
A guitarra e os seus diversos conteúdos estão, nos dias de hoje, a ser denegridos e escorraçados devido a imitações "baratas" e humilhantes, criadas por feras movidas a dinheiro e imitadores movidos a reputação. Estas imitações tratam-se, como indica o título deste post, do famoso "Guitar Hero" e da ascendente modalidade conhecida por "Air Guitar".
Haverá algo de guitarra nestas imitações? Se há, as parecenças são tão poucas e tão fracas que apenas conseguem dar um título ao projecto.
Neste artigo vou falar-vos do "Guitar Hero" e do "Air Guitar", a fim de vos fazer reflectir sobre estes assuntos nos quais poucos parecem pensar.
Comecemos pelo "Guitar Hero":
O "Guitar Hero" já é conhecido por todos. Toda a gente sabe de que se trata este vídeo-jogo com imensa fama entre os jovens. De facto, existem várias versões e jogos parecidos como o "Rock Band" e o mais recente "DJ Hero" (que, como o nome indica, não envolve, certamente, uma guitarra, mas sim a imitação de uma mesa de mistura). O jogo consiste em "tocar guitarra" numa guitarra de plástico com uma barra (que deveriam ser as cordas...) e cinco fret-buttons coloridos (que deveriam ser os trantes da guitarra...). O que será que tem este jogo de guitarra? Pouquíssimo. É uma imitação pura e simplíssima do verdadeiro instrumento músical.
Os jovens (até da minha idade...) mais depressa ganham gosto por este jogo do que por uma guitarra a sério, quer seja ela acústica, eléctrica, de 12 cordas, etc. E quando lhes perguntamos se sabem tocar guitarra, eles respondem sempre algo como: "Guitarra a sério, não, mas toco no Guitar Hero. E em expert!". Como disse Nick Mason, baterista dos Pink Floyd: "...se eles passassem tanto tempo a praticar guitarra quanto o que passam a aprender a pressionar os botões seriam bastante bons neste momento”. Será preciso recordar a estes miúdos que se ninguém tocar guitarra a sério, ninguém vai fazer música para eles terem no jogo? Mas temos muita gente a dizer: "O Guitar Hero é muito mais dificil que uma guitarra a sério. Tocar numa guitarra a sério é canja, mas isto não. Isto é bem mais complicado, e sinto-me muito orgulhoso por conseguir tocar em Expert, que é o nível mais dificil!".
O problema é que, para as productoras e editoras há que vender música, pois para elas, é um negócio como qualquer outro. O importante é adquirir o máximo de lucro possível. Trata-se de fabricar e vender. E a música (bem como a pintura, o teatro e tantas outras artes) deveria ter objectivos mais prioritários em relação ás vendas e ao lucro. Deveria tratar-se de amor à arte, e não amor ao dinheiro. Mas estas ideologias aplicam-se cada vez menos à nossa sociedade de consumo...
Porém, o "Guitar Hero" e os jogos que seguem a mesma "onda" têm algo de bom. Uma coisa que me deixa menos revoltado contra este jogo. E trata-se da divulgação de várias bandas, músicas e até correntes músicais. E isso aprofunda os conhecimentos músicais de vários indivíduos, dos jogadores. Porém, devo lembrar que as bandas incluídas neste jogo têm, normalmente, direito a apenas uma música no jogo. E é aqui que entra estupidez de muitos que, se lhes perguntar-mos se conhecem os Dragonforce, respondem desta forma: "Ah, sim, conheço a Through The Fire And Flames. É mesmo muito dificil de tocar no Guitar Hero...". Mas não conhecem mais nenhuma música da banda. A partir daí, são necessárias pesquizas para aprofundar os conhecimentos acerca da banda.
No entanto, devo admitir que já fui jogador de "Guitar Hero". Conheci várias bandas, artistas e músicas desta forma. Ou melhor, uma pequena parte das que conheço actualmente. Os meus conhecimentos devem-se ao meu interesse por esta arte, à pesquiza própria e, até, a recomendações de amigos e familiares. Porém, devo também avisar que o meu interesse no "Guitar Hero" acabou quando o meu pai me viu jogar este jogo e disse: "Olha, tu não gostavas de tocar guitarra a sério?". Coloquei o jogo na pausa e disse: "Adorava. Preferia-o mil vezes a isto". A razão que me levou a não ter considerado comprar e a aprender a tocar guitarra antes de adquirir o "Guitar Hero" era o facto de, de certa forma, ter desperdiçado a opurtunidade que tive quando tive aulas de piano durante 6 anos. Sentia que não me iam dar outra opurtunidade. Mas deram-ma. Coloquei o jogo de lado imediatamente e fui juntando dinheiro até ter o suficiênte para comprar a guitarra eléctrica que tenho agora e o amplificador (não muito tempo depois, ainda tive a sorte de ser presenteado com uma guitarra acústica...). Foi uma questão de escolha. E eu fiz a minha.
Quanto ao "Air Guitar", estamos perante outra enorme vergonha no legado deixado pela guitarra e pelos verdadeiros guitarristas. E esta vergonha até tem direito a um campeonato Mundial. E filme!
Antes de mais, vejam este vídeo:
E agora, o trailer do tal filme:
Como pode algo assim não ser ridículo? Não pode. Não há qualquer guitarra ali, a menos que seja invisivel (ou, como indica o nome, feita de ar). No Campeonato do Mundo de Air Guitar já foi oferecido, da parte de Brian May, guitarrista dos Queen, um amplificador como prémio. Mas qual é a razão para uma lenda do Rock se envolver em algo assim? Só se a resposta fôr mesmo... reputação!
Até o Gato Fedorento já fez um sketch acerca desta modalidade. Vejam:
A conclusão a que chego após escrever este artigo é muito simples: Se conseguia viver sem o "Guitar Hero" e o "Air Guitar"? Conseguia. Mas não conseguia viver sem a guitarra.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Hallelujah
Esta é uma das músicas mais famosas do mundo, e calcula-se que já tenham sido feitas cerca de 200 versões desta música.
O autor original desta música é Leonard Cohen:
Porém, a minha versão favorita é, certamente, a versão de Jeff Buckley. Esta versão foi considerada tão fabulosa e pungente que foram muitos aqueles que lhe atribuiram a autoria de "Hallelujah":
Também Rufus Wainwright fez uma versão desta música, versão essa usada no filme "Shrek":
Mais recentemente, foi a vez de Alexandra Burke, vencedora do concurso britânico "X Factor", fazer uma versão de "Hallelujah", versão essa constantemente passada na rádio:
O autor original desta música é Leonard Cohen:
Porém, a minha versão favorita é, certamente, a versão de Jeff Buckley. Esta versão foi considerada tão fabulosa e pungente que foram muitos aqueles que lhe atribuiram a autoria de "Hallelujah":
Também Rufus Wainwright fez uma versão desta música, versão essa usada no filme "Shrek":
Mais recentemente, foi a vez de Alexandra Burke, vencedora do concurso britânico "X Factor", fazer uma versão de "Hallelujah", versão essa constantemente passada na rádio:
sábado, 5 de dezembro de 2009
The "F" Word
Aqui vai uma hilariante lição de inglês para todos os interessados (P.S: Quem quer que se sinta ofendido, por favor feche os olhos e tape os ouvidos):
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