terça-feira, 20 de julho de 2010

A 21 de Abril de 2010...

Pois é leitores, passou uma semana desde que fiz o último post. Hoje tinha mesmo de escrever alguma coisa. Pensei em escrever um poema de repente, com um tema qualquer, mas lembrei-me que tinha um rascunho no arquivo de posts, e que nunca cheguei a públicar. Aquilo que vocês vão ler foi escrito a 21 de Abril deste ano (faz amanhã três mêses), no final da tarde na qual gravei, juntamente com mais alguns amigos e amigas, uma canção original chamada "United We Stand". Este post é o relato desse mesmo dia:


- "Acorda Bruno, vais chegar atrasado!!!"
- "Só mais um bocadinho (penso)... não, é melhor acordar... está a ficar mesmo tarde... vou ser (outra vez) a causa de atraso da minha irmã para a escola... o meu pai não vai gostar nada da situação... a minha mãe vai-me dar uma ripeirada nas orelhas... espera lá... não é hoje que vou para estúdio???"
Visto-me o mais apressadamente possivel (mas não tão rapidamente quanto pensam... efeito sono) e vou tomar o pequeno almoço (mais umas torradas "divinais" da minha mãe...). Bolas... está a chover... o saco da minha guitarra não é impermiavel... onde é que está o saco plástico improvisado para proteger a guitarra da chuva? Ah... dentro do armário! Eles já vão descer para a garagem, e eu ainda tenho de me calçar e vestir o meu adorado blusão!

(Eh pá, estou aqui a escrever um texto e a minha irmã interrope-me... que chata... ora bem, onde iamos nós?)

Ah, sim...
- "Xau mãe!"
- "Xau filho! Porta-te bem!"

Então eles ainda não sairam da garagem... ou seja, a culpa do atraso não é minha. Vá lá... fazemos a viagem... chego ao colégio, a chuva cai fraca. Tenho de ir ter ao quarto andar do edifício (sim, há um elevador... não, os alunos não o podem usar). Falta cerca de meia hora para o início das aulas... já lá estão alguns amigos. Saco da guitarra, cantamos umas músicas... Já está a tocar para entrar na sala de aula? Isto foi bem rápido...
Mais uma aula de leitura em Literatura Portuguêsa. Temos de ler um livro à escolha (ou, melhor dizendo, parte dele) durante os 90 minutos de aula. O professor vai estar ausênte durante boa parte da aula? E onde está o professor Norberto, que vai orientar as gravações? Já nos deviamos ter encontrado... Ok, vamos sair da sala de aula à socapa!!! Procuro por vários locais... nem sinal do professor!!! De nenhum deles. Raios, lá se vão as gravações...
Volto à aula para ler "O Crime do Padre Amaro". Mal me consigo concentrar... deviamos estar no estúdio. A aula acaba, e, felizmente, com a preciosa ajuda do professor de Literatura Portuguêsa, encontramos o professor Norberto, durante o intervalo!!! Vamos para estúdio!!!
Estão todos a postos. Primeiro gravo as guitarras com o meu colega, Alexandre (a melodia principal e depois o solo, executado por mim). E, a seguir, temos de cantar. Ofeceço-me para ser o primeiro, e para a minha voz orientar as vozes de duas colegas, que cantariam mais tarde. Gravo toda a parte vocal num único take, com a minha garganta a arranhar a meio da música, visto que nem me dei ao trabalho de aquecer minimamente a voz (felizmente, nada de mal se passou... antes pelo contrário). De seguida, essas colegas (Andreia e Filipa) gravam a sua parte. Fazem-se as últimas alterações na música, e passa-se a música para a minha pen.
Apenas ás 13:00 saimos do estúdio para almoçar, com a música já concluída. Na primeira aula, TTI (Técnicas de Tradução de Inglês) fazem-se mais preparativos para a ExpoCIC, ouve-se a versão de estúdio da música e fazem-se os últimos ensaios com toda a turma (porque viriamos a executar a música ao vivo). O resto do dia resumiu-se a uma aula de 90 minutos de história e 45 minutos no bar a jogar à sueca.
Volto a casa feliz, realizado, excitado e sorridente. Tomo a iniciativa de fazer este post, enquanto recordo o fantástico dia que tive. Não sabia o que o próximo dia prometia, para além de um fato e de uma gravata...



No dia seguinte, participaria numa actividade do Colégio Internato dos Carvalhos chamada "CicMUN", na qual grupos de duas pessoas representam um país cada (saiu-me a Bulgária), e daí o uso de fato e gravata.
P.S: Chegaria, ainda, a tocar a música ao vivo no Cicmun, sozinho, apenas com a minha voz e a minha guitarra, para coisa de 400 pessoas...

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