terça-feira, 28 de julho de 2009

Arte e mercado

A arte e o mercado andam muito de mãos dadas nos dias que correm. De facto, a única época de que me recordo (não porque a vivi mas sim porque já foi matéria das aulas de história) na qual era feita arte sem pretensões económicas é a era do Homem das Cavernas. Tínhamos as pinturas rupestres e ninguém pagava para as ver, como num museu.
De hoje em dia, é muito raro encontrarmos arte feita apenas para ser apreciada. O novo objectivo dos artistas é vender a sua arte. Ganhar dinheiro com aquilo que fazem, ainda que talvez não gostem daquilo que fazem ou que não seja "artisticamente superior". Mas é óbvio que cada pessoa é que sabe aquilo que para si é arte.
Não acho que vender arte seja errado, até porque muitas pessoas, ás quais chamamos artistas, fazem da arte a sua profissão e principalmente, a sua vida. O que eu acho que é realmente errado é termos "artistas" a fazer arte sem paixão nenhuma naquilo que fazem, e sem quererem sequer fazer arte com qualidade, desde que aquilo que fazem lhes garanta uma conta bancária bem recheada. Mas estes artistas acabaram sempre por ter apoio, de uma forma ou de outra. Mas não vão ter o meu apoio, de certeza.

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