quarta-feira, 31 de março de 2010

Bombista suicida

Para marcar um regresso aos meus textos de reflexão, escolhi este tema: o bombista suicida. O Homem que põe um ponto final na sua vida e na vida daqueles que se encontram em seu redor a favor de uma causa.
Feliz e, simultaneamente, infelizmente, já toda a gente ouviu falar nos bombistas suicidas. Felizmente porque, como é óbvio, o conhecimento não ocupa lugar. E infelizmente porque, se os bombistas suicidas não existissem, este conhecimento não era necessário... era inexistente! O bombista suicida mata a favor da sua "bandeira", do seu governo, do seu partido político, da sua religião, para deixar no ar uma mensagem de obdiência extrema a uma entidade controladora. Sim, porque, como todos sabemos, as organizações pelas quais os bombistas suicidas extreminam vidas, incluindo a sua, pretendem obter controlo e poder, construir um império e lançar uma nova ordem mundial, tal como fizeram figuras como Hitler e Mussolini.
Logo, esta é uma actividade de extremismos, mas que não chega a envolver a frase-chave "Ou estás comigo ou estás contra mim", pois as vitimas inocentes são apanhadas de surpresa, sem meios de defesa ou hipoteses de agir. Grita-se "Por Alá!", ouve-se uma explosão e várias dezenas de pessoas perdem a vida. E porquê? Porque alguém recebeu ordens superiores, exigindo que tal acontecesse. Para os líderes da religião muculmana, "Alá" exige que os infieis morram, mas, neste caso, toda a gente morre.
Não vos parece, caros leitores, que estamos perante um gravíssimo caso de irracionalidade e cobardia? Qual é o Homem mentalmente são que é capaz de matar para ser reconhecido e para apoiar uma causa em que acredita? A meu ver, nenhum Homem com uma mente estável é capaz de fazer isso. Um Homem que se deixa transformar numa marioneta decartável não é um Homem. É um objecto, um ser inanimado que tomou formas humanas, mas não uma consciência. E a cobardia, nestes actos, está muito bem visível. Matam-se inocentes sem avisos e ponto final. Como pode alguém agir assim? Activar uma bomba de uma forma tão cobarde é típico de um terrorista. "Mandamos um maluco fazer este trabalho, implantamos-lhe uma bomba, fugimos, e quem estiver por ali que se lixe". Ah, mas não nos podemos esquecer que quem comete estes actos recebe uma fantástica recompensa: 72 virgens no céu!
Assim sendo, abomino esta actividade porque o bem mais precioso que temos é a vida, e temos de ter respeito pela nossa vida e pela vida de todas as outras pessoas: amigos, família, vizinhos, parceiros, conhecidos e desconhecidos, independentemente das suas diferenças, ideologias e da sua natureza!
VIVA A VIDA!

2 comentários:

Joel Costa disse...

Esta prática é já remota. Quem não se lembra dos famosos Kamikaze Japoneses que durante 2ª Guerra Mundial se lançavam nos seus aviões contra os navios Americanos ?
Neste caso de práticas de ideologias religiosas radicais fica sempre no ar o cúmulo humano de querer impôr á força conceitos religiosos que vão eles próprios contra o que apregoa o propósito religioso que é baseado na tolerância e amor ao próximo.
Este tipo de pensamento extremo não deixa lugar á liberdade e muito menos ao respeito pelo pensamento de cada um.
Pobres coitados como se fosse possivél cortar a raiz ao pensamento ! Como diria Carlos Oliveira no seu famoso Poema.

Joel Costa disse...

Volto aqui para deixar mais uma sugestão musical de um grande guitarrista, que neste caso toca um puro instrumental totalmente dedilhado sem recurso a palheta.
Digno de ser apreciado.
Mark Knopfler - Local Hero